Dez anos depois, líder da bancada evangélica será julgado por 'rachid'
Após dez anos em tramitação, está perto de um desfecho o processo em que a Procuradoria-Geral da República acusa o deputado Silas Câmara (foto), líder da bancada evangélica, de ter desviado recursos públicos com a nomeação de funcionários fantasmas e confiscado parte do salário de assessores parlamentares, prática conhecida como "rachid". A ação penal foi...
Após dez anos em tramitação, está perto de um desfecho o processo em que a Procuradoria-Geral da República acusa o deputado Silas Câmara (foto), líder da bancada evangélica, de ter desviado recursos públicos com a nomeação de funcionários fantasmas e confiscado parte do salário de assessores parlamentares, prática conhecida como "rachid". A ação penal foi liberada para julgamento e deve passar pelo crivo da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal no próximo mês.
De acordo com a PGR, os crimes ocorreram entre 2000 e 2011, totalizando desvios de quase 145 mil reais, em valores da época. Ao Supremo, o órgão afirmou que Silas Câmara chegou a empregar em seu gabinete uma cozinheira, um piscineiro e um motorista que lhe prestavam serviços particulares, sem que eles jamais tivessem trabalhado na Câmara. O deputado nega.
Nas alegações finais, apresentadas em abril de 2019, a então procuradora-geral da República Raquel Dodge pediu a condenação do deputado por peculato, cuja pena varia de dois a 12 anos de prisão, além de multa. A PGR ainda defendeu que o parlamentar pague indenização por danos morais causados ao patrimônio público equivalente ao dobro dos valores desviados, com juros e correção monetária.
O processo chegou a ser incluído na pauta de 1º de setembro, sob a relatoria do ministro Luís Roberto Barroso. Às vésperas da deliberação, entretanto, a defesa do parlamentar apresentou o que classificou como “novas provas” e pediu o adiamento do julgamento. Para a PGR, houve “intenção de causar tumulto processual”, porque os novos elementos apresentado pela defesa “nada acrescentaram ao esclarecimento dos fatos e não possuem relevância probatória”.
Em 2019, Raimundo da Silva Gomes, ex-assessor de Silas Câmara, foi condenado pela prática de “rachid” no gabinete. As investigações apontaram que ele seria responsável por recolher parte dos salários pagos aos assessores de Câmara. O deputado não foi julgado em primeira instância porque dispõe de foro privilegiado.
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Comentários (10)
Sergio
2020-09-15 04:27:34Não vai dar em nada. O Rachid continua e se reinventa a cada dia. É muito maior do que se imagina. Só tem um jeito, redução das quantidades de políticos e redução do né de assessores de PN.
Jonas
2020-09-14 14:54:55A matéria poderia lembrar uma condenação feita no STF contra esse Pastor, mas q foi arquivada por prescrição, mantendo-o impune... Em um país sério, charlatões com Edir Macedo, Silas Malafaia, Silas Câmara, etc já teriam sido condenados e botado atrás das grades....
Elza
2020-09-14 14:46:35Essa forma de peculato é prática comum. Ninguém enxerga a imoralidade, tampouco a ilegalidade porque os envolvidos estão em pleno acordo. Quem é do quadro quer ganhar um tico-tico a mais; quem é de fora do quadro fica feliz com qualquer coisa.
Ademir
2020-09-14 10:51:09Vergonhoso o tempo que leva para se julgar políticos por essas e outras é que eles continuam nos assaltando
Ney
2020-09-14 08:01:53Esse é da turma do jumento corrupto fdp que elegemos presidente
Aldo
2020-09-13 16:04:14Os árabes ou descendentes deles que possuem este nome, "Rachid", já, já estarão reclamando desta denominação dada à este tipo de corrupção. É algo parecido ao que ocorreu com os "Bráulios", mais de duas décadas atrás, numa campanha de incentivo ao uso da camisinha.
Maria
2020-09-13 15:51:24Rachid (peculato ) só não é crime para os fanáticos adoradores de Bolsonaro. por isto ele fez Rachid durante 28 anos e se diz um homem honesto impoluto
EMYGDIO
2020-09-13 13:09:52Mas seja maldito o enganador....... (Malaquias Cap.:1 Vers.14)
Saulo
2020-09-13 12:18:44Imunidade=Impunidade
Helyde
2020-09-13 11:23:05É uma vergonha para o estado do Amazonas ter um representante SEMPRE envolvido em desvios de recursos públicos, de longa data. Quantos CPFs, ele tem???? Ele e seus irmãos de sangue e toda família estão RIQUISSIMOS e os irmãos de igreja cada dia mais pobres.