Desgaste político inibe Doria de adotar 'lockdown total' solicitado por prefeitos
Pressionado por prefeitos de municípios da Grande São Paulo a adotar um lockdown na região mais populosa do estado para conter o avanço da Covid-19, o governador João Doria (foto) resiste à ideia com receio de que a medida restritiva piore ainda mais a sua já desgastada popularidade. Ao mesmo tempo em que é cobrado...
Pressionado por prefeitos de municípios da Grande São Paulo a adotar um lockdown na região mais populosa do estado para conter o avanço da Covid-19, o governador João Doria (foto) resiste à ideia com receio de que a medida restritiva piore ainda mais a sua já desgastada popularidade.
Ao mesmo tempo em que é cobrado por prefeitos que estão vendo seus sistemas de saúde à beira de um colapso a organizar uma ampla restrição de circulação nas cidades, Doria também é alvo de protestos de grupos contrários à estratégia de isolamento social, a maioria simpatizante do presidente Jair Bolsonaro.
Aliados afirmam que, embora o governador tenha respaldo técnico do comitê de crise formado por médicos, o cálculo político também tem pautado, e muito, as decisões do tucano. Nesta semana, por exemplo, Doria anunciou linhas de créditos do governo para setores afetados pela pandemia, como gastronômico e hoteleiro, como contraponto à demora do governo Bolsonaro em aprovar o novo auxílio emergencial à população afetada.
Cobrado por especialistas e até pelo Ministério Público sobre os motivos para não aplicar um lockdown momentâneo, para frear a escalada de casos de contaminação e de mortes por Covid-19 no estado, Doria tenta se equilibrar entre o discurso da decisão baseada na ciência e o impacto político que as medidas recomendadas pelos cientistas pode provocar.
Por ora, o governo tucano tem afirmado que a adoção da fase emergencial no estado, que permite o funcionamento apenas dos serviços considerados essenciais e impõe toque de recolher noturno, é o remédio mais indicado para atual estágio da pandemia, enquanto o governo trabalha na campanha de vacinação da população mais vulnerável ao coronavírus.
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Comentários (7)
Eduardo
2021-03-19 22:20:25Faz sempre o contrário do que se deve ser feito!!!
MARCIO
2021-03-19 11:15:12O Dória e todos os governantes estão corretos. O problema é o povão ignorante que insiste em ficar passeando de ônibus e metrô. Tem que fechar tudo, mas tudo mesmo. Supermercados, farmácias, transporte público e principalmente os deliverys. Esses motoboys e bikeboys com suas mochilas nas costas entregando comida, é um absurdo. A solução ideal mesmo era eliminar a população em geral que só atrapalha e deixar vivos apenas os políticos e funcionários públicos mais graduados.
Eliseu
2021-03-19 11:07:5066.178 mortos no Estado mais rico do país e esse animal preocupado com popularidade. Danem-se os mortos e seus familiares que o importante é o poder? Basta olhar para a popularidade da Jacinta Ardern, que entendeu que não há Economia forte se os consumidores estiverem mortos e implantou lockdown digno do nome para frear o espalhamento do vírus. Será possível que ninguém enxerga que é melhor um lockdown de 15 dias e ir reabrindo aos poucos no mesmo ritmo da vacinação?
Paulo Artur
2021-03-19 09:24:21Sou favorável a um lockdown total como o do município de Criciuma, em Santa Catarina. Todo SERVIDOR PÚBLICO terá o direito de fazer, mas sem receber salário, exatamente igual aos milhões de brasileiros que ao serem obrigados a ficarem em casa podem morrer de fome. Pelo menos assim, quer lockdown ? Faça, mas abra mão do salário.
Júlio
2021-03-19 09:07:46Desgaste político? A populacao cansou desse canalha.
ANDRE
2021-03-19 08:56:47AGRIPINO DESGRAÇADO, E OS HOSPITAIS DE CAMPANHA, E A VERBA DA SAUDE QUE VC DIMINUIO PRA GASTAR COM PUBLICIDADE?
Scully
2021-03-19 08:55:23Esse é o momento de realizar escolhas pela vida ou pelo vil metal. Simples assim.