Delação de ex-diretor do Metrô assombra o tucanato paulista
A delação premiada do ex-diretor do Metrô de São Paulo Sérgio Corrêa Brasil (foto) passou a alimentar a Operação Lava Jato na Justiça Eleitoral, que tem fechado o cerco sobre o tucanato paulista. O ex-executivo foi ouvido pelo Ministério Público Eleitoral em junho. Suas declarações têm o poder de abrir novas frentes de investigação sobre...
A delação premiada do ex-diretor do Metrô de São Paulo Sérgio Corrêa Brasil (foto) passou a alimentar a Operação Lava Jato na Justiça Eleitoral, que tem fechado o cerco sobre o tucanato paulista. O ex-executivo foi ouvido pelo Ministério Público Eleitoral em junho. Suas declarações têm o poder de abrir novas frentes de investigação sobre o caixa dois das campanhas tucanas ao longo dos últimos 20 anos, irrigadas com dinheiro supostamente desviado do transporte público.
Em seus depoimentos, Corrêa Brasil narra que o esquema que abasteceu as campanhas tucanas começou a operar em 2003. Conforme apurou Crusoé, ele cita como beneficiárias as campanhas dos tucanos Geraldo Alckmin e José Serra. E também aponta o atual vice-governador Rodrigo Garcia, do DEM, como artífice do esquema de distribuição de propinas e abastecimento de campanhas com dinheiro do transporte sobre trilhos.
Nas últimas duas semanas, investigações na área eleitoral resultaram no indiciamento do ex-governador Geraldo Alckmin por caixa dois, corrupção e lavagem de dinheiro, no caso Odebrecht, e em medidas de busca e apreensão contra o senador José Serra em uma investigação sobre caixa dois.
O ex-diretor do Metrô de São Paulo havia sido duramente atingido pela delação da Odebrecht e de outras empreiteiras que firmaram acordos com a Lava Jato. Ele já era alvo de diversas ações em casos envolvendo o cartel no Metrô, mas as colaborações das construtoras revelaram que, além do conluio, ele teria recebido propinas. Após perceber que corria o risco de pagar pelos crimes sozinho, Corrêa Brasil optou pelo acordo de delação.
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