De última hora, Joesley recua de acordo com PGR; R$ 2 bi iriam para ações contra o coronavírus
O gabinete do procurador-geral da República, Augusto Aras, esteve mobilizado nesta sexta-feira, 20, para assinar um termo de repactuação do acordo de delação de Joesley Batista (foto), seu irmão Wesley e de Ricardo Saud, ex-diretor do Grupo J&F, dono da gigante JBS. Era dada como certa a assinatura do termo com a previsão de uma...
O gabinete do procurador-geral da República, Augusto Aras, esteve mobilizado nesta sexta-feira, 20, para assinar um termo de repactuação do acordo de delação de Joesley Batista (foto), seu irmão Wesley e de Ricardo Saud, ex-diretor do Grupo J&F, dono da gigante JBS. Era dada como certa a assinatura do termo com a previsão de uma multa de 2 bilhões de reais. Pelo acerto, o valor seria destinado ao Ministério da Saúde para financiar as ações contra a pandemia de coronavírus.
Crusoé apurou que o recuo dos empresários foi de última hora. Os termos já estavam pactuados e só faltava a assinatura, programada para esta sexta. Aras tinha até informado a integrantes do governo de Jair Bolsonaro sobre a possibilidade de o caixa oficial receber em breve valores oriundos da PGR para contribuir com as ações contra o coronavírus.
O pagamento previsto no acordo teria uma primeira parcela de 500 milhões de reais, seguida de outras dez de 150 milhões. Do lado dos empresários, a defesa apresentou, por fim, uma contraproposta de 200 milhões, que foi rechaçada pela PGR. Os empresários, apurou Crusoé, afirmam que foram eles os idealizadores da proposta de utilizar a multa da delação e outros valores do acordo de leniência do Grupo J&F em repasses para o combate ao coronavírus.
Além dos valores, a proposta da equipe de Aras prevê um período de prisão em regime fechado para Joesley e Saud pelos crimes omitidos no acordo firmado com a gestão de Rodrigo Janot. Os dois ficariam 18 meses na prisão e outros dois anos entre os regimes semi-aberto e aberto.
O acordo dos irmãos Batista e de Saud foram rescindidos pela PGR depois do surgimento de novos fatos omitidos nas delações. O caso ainda aguarda uma decisão do plenário do Supremo Tribunal Federal, o STF. Até o julgamento, previsto para junho, os empresários podem buscar um acordo com a equipe de Aras.
Procurado por Crusoé, o advogado André Callegari, que atua na defesa dos empresários, não explicou a razão da desistência de última hora. Ele disse que não se manifestaria sobre o caso.
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Comentários (10)
NELSON
2020-03-22 10:14:45Os Batista mandam na justiça do Brasil e compram todos os poderes que precisarem.
RuyQ
2020-03-22 09:32:43Deve ter muita gente levando o seu nessa estória toda. Tutte brave persone.
Bel
2020-03-21 18:14:01Que lastimável.!
Leandro
2020-03-21 11:49:03Ameaca aumentar o tempo de prisao por fazer o PGR de moleque. A cada dia um mes. No final do dia eles assinam. Ficaram tanto tempo acima do bem e do mal, q ainda nao se deram conta q o mundo mudou. Tem q jogar pesado com eles.
LuisR
2020-03-20 22:13:29Chama o Lula e a Gleise, Maria do Rosário, Zé do Dirceu PT pra resolverem. A ORCRIM levou tanta grana, agora o povo iludido que votou nessas tranqueiras vai morrer de vírus!?
André
2020-03-20 21:51:31Esses miseráveis, filhos do Lula e Dilma, teriam que estar enterrados. Não sem antes devolver tUdo que roubaram.
José
2020-03-20 21:11:06Está tudo dominado... PGR , Piada Geral da República?
José
2020-03-20 21:09:11PGR não acerta uma, ou é incompetência ou tem interesse?
Gaetano
2020-03-20 19:49:12Safado amigo do Luladrao vagabundo.
Marcos
2020-03-20 19:22:35Decidiram dessa forma, agora com o derrubada da prisão em 2ª instância.