De saída da Fazenda, Waldery estava na mira de Bolsonaro desde o ano passado
O ministro da Economia, Paulo Guedes, decidiu demitir Waldery Rodrigues (foto) do cargo de secretário especial da Fazenda, dias após o imbróglio em torno do Orçamento de 2021. No lugar dele, deve assumir Bruno Funchal, atual secretário do Tesouro Nacional. Waldery estava na corda bamba desde 2020. Em setembro, Guedes agiu para mantê-lo no cargo após...
O ministro da Economia, Paulo Guedes, decidiu demitir Waldery Rodrigues (foto) do cargo de secretário especial da Fazenda, dias após o imbróglio em torno do Orçamento de 2021. No lugar dele, deve assumir Bruno Funchal, atual secretário do Tesouro Nacional.
Waldery estava na corda bamba desde 2020. Em setembro, Guedes agiu para mantê-lo no cargo após críticas do presidente Jair Bolsonaro à proposta de congelamento de aposentadorias e pensões por um período de dois anos e de imposição de limitações na concessão do Benefício de Prestação Continuada como alternativa para o financiamento do Renda Brasil, que substituiria o Bolsa Família.
À época, Bolsonaro o ameaçou com um "cartão vermelho". “Eu já disse há poucas semanas que jamais vou tirar dinheiro dos pobres para dar aos paupérrimos. Quem porventura vier propor para mim uma medida como essa, eu só posso dar um cartão vermelho para essa pessoa. É gente que não tem um mínimo de coração, um mínimo de entendimento de como vivem os aposentados do Brasil”, declarou.
Como mostrou Crusoé, Waldery era reincidente em vazamentos de propostas avaliadas pela equipe econômica. Antes da divulgação da proposta de congelamento de aposentadorias e pensões, o secretário havia sido o pivô do episódio em que foi ventilada a possibilidade de extinção do abono salarial e do seguro defeso para financiar a marca social do governo.
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