Maia prega 'equilíbrio' e 'paciência' e diz que 'crise é do Executivo e lá deve ficar'
Após mais de uma semana em silêncio, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (foto à direita), falou à imprensa nesta nesta segunda-feira, 27, e sinalizou que não pretende abrir o processo de impeachment do presidente Jair Bolsonaro. “A gente precisa ter paciência e equilíbrio para não ampliar ainda mais uma crise que é do poder Executivo...
Após mais de uma semana em silêncio, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (foto à direita), falou à imprensa nesta nesta segunda-feira, 27, e sinalizou que não pretende abrir o processo de impeachment do presidente Jair Bolsonaro. “A gente precisa ter paciência e equilíbrio para não ampliar ainda mais uma crise que é do poder Executivo e que lá deve ficar", afirmou.
A pressão pela tramitação dos pedidos de impedimento na casa cresceu após o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro acusar Bolsonaro de tentativas de interferência política na Polícia Federal. Na sexta-feira, 24, o ex-juiz disse que o presidente quer colocar no comando da corporação uma pessoa para quem possa ligar para obter informações e relatórios de inteligência.
Em coletiva na Câmara, Maia avaliou que o uso de instrumentos como impeachment e Comissões Parlamentares de Inquérito, as CPIs, “precisa ser pensado e refletido com muito cuidado”. O parlamentar considerou que as movimentações são legítimas, mas ressaltou que não vai engrossar o coro contra Bolsonaro.
“Acho que a Câmara deve, sob a minha presidência, respeitando a posição de outros parlamentares, ter essa paciência e equilíbrio para que possamos tratar do que é mais importante: a vida dos brasileiros, o emprego e a renda”, disse, frisando que priorizará, neste momento, as pautas relacionadas à pandemia da Covid-19.
O parlamentar evitou tecer comentários sobre as denúncias feitas por Moro. “Nomear e exonerar é um problema do governo. Se há problemas na forma de exonerar e de nomear, você já tem uma ação proposta pelo PGR, dr. Augusto Aras, para que se investigue essas questões. A Câmara deve manter seu foco no que é principal: o enfrentamento ao coronavírus”, pontuou.
O presidente da Câmara lembrou que sofreu pressão similar para a abertura de um processo de impeachment na gestão Michel Temer e frisou que "açodamento e pressa" nesses casos atrapalham. "Com equilíbrio e paciência, a gente superou esse período. E, hoje, muitos olham o governo do presidente Michel Temer com saudade de muitas coisas que fizemos em conjunto."
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