CPI: irmão de diretor da Precisa aciona STF contra quebra de sigilos
A defesa de Gustavo Berndt Trento pediu ao Supremo Tribunal Federal a suspensão das quebras dos sigilos telefônico, telemático, bancário e fiscal decretadas pela CPI da Covid. Gustavo é irmão de Danilo Trento, diretor institucional da Precisa Medicamentos, pivô do escândalo Covaxin. O ministro Kassio Marques será o relator do processo. A transferência dos sigilos,...
A defesa de Gustavo Berndt Trento pediu ao Supremo Tribunal Federal a suspensão das quebras dos sigilos telefônico, telemático, bancário e fiscal decretadas pela CPI da Covid. Gustavo é irmão de Danilo Trento, diretor institucional da Precisa Medicamentos, pivô do escândalo Covaxin. O ministro Kassio Marques será o relator do processo.
A transferência dos sigilos, referente ao período compreendido entre 2018 e setembro deste ano, foi aprovada a partir de um requerimento do relator da CPI, Renan Calheiros. O emedebista argumentou que Gustavo “trabalha em conjunto” e é sócio de empresas de Francisco Emerson Maximiano, investigado na comissão. O senador acrescentou que ele atua como “protagonista na criação e/ou divulgação de conteúdos falsos na internet”.
Ao STF, a defesa de Gustavo refutou a existência de relações entre ele e o dono da Precisa. Os advogados sustentaram que, desde outubro de 2019, o irmão de Danilo não é mais sócio da Primarcial Holding e Participações LTDA, que tem sede no mesmo endereço da empresa Primares Holding e Participações, cujo sócio é Maximiano.
“O impetrante [Gustavo Trento] não trabalha em conjunto e não é sócio de Francisco Emerson Maximiano, e mesmo que fosse, só pela hipótese fática dele ser sócio de um investigado NÃO CONFIGURA PREMISSA DE DEVASSA EM SUA VIDA PRIVADA, e consequentemente, não justifica, medida tão gravosa e extrema”, anotou a defesa. Os advogados declararam também que Gustavo não é militante digital, tendo “parcos seguidores em redes sociais, restritas ao público privado”.
A defesa pede que, caso as quebras de sigilos não sejam revertidas, o Supremo as restrinja ao período compreendido entre 20 de março de 2020, quando o governo declarou estado de emergência pela pandemia, e este ano.
“Em qualquer hipótese, tendo em vista o reiterado vazamento de informações no âmbito da CPI da Pandemia, pugna seja vedada expressamente a divulgação e/ou utilização de quaisquer dados ou informações, bem como determinado o acesso restrito a tais dados somente aos parlamentares que participam da comissão em reunião secreta e quando pertinente ao objeto da apuração”, conclui a petição.
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Comentários (2)
PAULO
2021-10-02 17:52:32Por que alguns tem tanto medo da quebra de sigilo? Qualquer cidadão de bem não tem receio em fazerem uma devassa na suas contas, telefonemas... Agora um sujeito implicado num esquema em plena pandemia, que matou 600 mil brasileiros, deveria ser o primeiro a pedir que façam todas as investigações possíveis, para não restar dúvida que é inocente. Só não faz isso, o cara que sabe que fez coisa errada. Moro Presidente 🇧🇷. Nossa esperança de dias melhores para sempre 🇧🇷
Edvaldo
2021-10-01 19:06:11Nosso Cássio, vai atender o pleito, deu sorte o maninho do enrolado.