CPI convoca auditor responsável por documento citado por Bolsonaro
A CPI da Covid aprovou nesta quarta-feira, 9, a convocação do auditor Alexandre Figueiredo Costa Silva, do Tribunal de Contas da União. O servidor, como revelou Crusoé, foi o responsável pela inclusão, no sistema da corte de contas, de um relatório com dados distorcidos que apontam uma falsa supernotificação de mortes por Covid-19 no Brasil. O...

A CPI da Covid aprovou nesta quarta-feira, 9, a convocação do auditor Alexandre Figueiredo Costa Silva, do Tribunal de Contas da União. O servidor, como revelou Crusoé, foi o responsável pela inclusão, no sistema da corte de contas, de um relatório com dados distorcidos que apontam uma falsa supernotificação de mortes por Covid-19 no Brasil.
O documento foi citado por Jair Bolsonaro na segunda-feira, 7, numa nova investida para minimizar a gravidade da pandemia do novo coronavírus. Ainda não há data para o depoimento. Existe, porém, um indicativo de que a inquirição pode ocorrer em 17 de junho, quando seria ouvido o empresário Carlos Wizard, que está nos Estados Unidos.
O chamado ao auditor despertou a resistência da tropa de choque do Planalto e provocou um bate-boca entre os parlamentares. A base aliada do presidente criticou a investida pela votação do requerimento sem a inclusão dele na pauta no prazo de 48 horas antes da sessão.
O presidente da CPI, Omar Aziz, mencionou a urgência da convocação, citando que o servidor "induziu o presidente ao erro". "Um auditor do TCU, quem é gestor sabe como atua o TCU, um cara que tinha sido indicado para ser presidente do BNDES (a indicação foi para a diretoria), só não foi porque o ministro Mucio não aceitou liberá-lo. Vossa excelência acha que isso não é urgente? O presidente dá uma declaração baseado em uma informação dada por um membro do TCU. Falsa informação. Isso não é urgente? Até para preservar o presidente", disparou.
Uma das principais vozes da base aliada a Bolsonaro, Marcos Rogério declarou que Aziz estava "forçando a barra de maneira antiregimental". O vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues, ironizou: "Não sei por que tanto receio de ouvir o auditor".
Apesar das divergências, os parlamentares avalizaram tanto a convocação Alexandre, quanto a de supostos integrantes do chamado Ministério da Saúde "paralelo", como ficou conhecido um núcleo de aconselhamento a Jair Bolsonaro que funcionava fora das estruturas oficiais do governo. Nesse contexto, foram chamados a prestar esclarecimentos, ainda, nomes como o do deputado Osmar Terra e do olavista e secretário de Comunicação Institucional, Felipe Cruz Pedri.
A pedido do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra, a CPI adiou a votação de requerimentos de quebra de sigilo do auditor e dos membros do gabinete paralelo. "Vamos aprofundar a análise da necessidade de todos os nomes que foram citados, porque estamos votando em bloco", argumentou. Aziz acatou: "Teria outros também, que serão encaminhados hoje ainda. Inclusive sobre a questão da quebra de sigilo das empresas que trabalham para o Ministério das Comunicações. Eu abro essa exceção".
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Comentários (1)
Alexandre
2021-06-10 11:32:54CPI DO LIXO ,LADRÕES VAGABUNDOS PRESIDINDO A CPI SÓ NO BRASIL