Cotado para dirigir PF se encontrou com Bolsonaro em agosto
Cotado para ser o novo diretor-geral da Polícia Federal, o delegado da PF Anderson Gustavo Torres se encontrou no dia 19 de agosto com o presidente Jair Bolsonaro e os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Antônio de Oliveira. Dois dias depois, Torres teve uma nova reunião com Oliveira...
Cotado para ser o novo diretor-geral da Polícia Federal, o delegado da PF Anderson Gustavo Torres se encontrou no dia 19 de agosto com o presidente Jair Bolsonaro e os ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Antônio de Oliveira. Dois dias depois, Torres teve uma nova reunião com Oliveira (foto).
Quando esses dois encontros aconteceram no Palácio do Planalto, a relação entre Bolsonaro e o ministro da Justiça, Sergio Moro, a quem a Polícia Federal está vinculada, já estava azedada. Também já se falava em possível troca no comando da corporação, hoje nas mãos do delegado da PF Mauricio Valeixo, escolhido por Moro.
Atual secretário da Segurança Pública do Distrito Federal, Torres tem relação direta com Oliveira e o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente. Eles se aproximaram quando o delegado trabalhou como chefe de gabinete do hoje deputado estadual Fernando Francischini, do PSL, na Câmara dos Deputados. Francischini também é delegado da PF.
Segundo interlocutores de Torres, ele se relacionava frequentemente com o pessoal do gabinete de Eduardo, de quem o hoje ministro da Secretaria-Geral da Presidência foi chefe de gabinete na Câmara até 2018. Discutiam pautas ligadas à segurança e à PF -- o filho do presidente é escrivão concursado da corporação.
Mesmo após assumir a secretaria a convite do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, do MDB, o delegado mantém contato frequente com Oliveira e Eduardo, de acordo com pessoas próximas a Torres. Além dos encontros pessoais, costumam se falar com frequência por telefone.
A Ibaneis, o secretário de Segurança relatou nesta quarta-feira, 4, que ainda não havia recebido convite oficial do presidente da República nem do ministro da Justiça até a noite de ontem. Interlocutores do governador do Distrito Federal, porém, afirmaram a Crusoé que Ibaneis já foi avisado de que há chances de Torres deixar a secretaria para assumir o comando da PF.
Aliados de Bolsonaro também admitem que a família do presidente conhece o delegado. E ressaltam que, ao contrário do divulgado na imprensa, dificilmente Francischini seria o principal padrinho da indicação de Torres para a diretoria da PF. O deputado se afastou de Bolsonaro após uma briga com o presidente entre o primeiro e o segundo turno da eleição de 2018.
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Comentários (10)
Odete6
2019-09-05 19:32:13É impressionante como é inescapável e incessante a ingerência dos patetas em proveito próprio em toda questão do (des)governo!!!
Roberto
2019-09-05 17:51:51Nem na era dos ladrões havia interferência na PF. Está dando péssimo exemplo, e perdendo a credibilidade
Massaaki
2019-09-05 16:15:08É o Segóvia 2. PF, a reação vai ocorrer da mesma forma. É questão de tempo...
Massaaki
2019-09-05 16:14:28É o "Fernando Segóvia"...2!!!!!! Vai ter o mesmo destino. As corporações do quadro da PF vão reagir, com certeza!!
Marco
2019-09-05 16:07:58Mais um amigo da família Bolsonaro. Agora temos uma república patrimonialista e familiarista. Na próxima eleição precisamos tirar está família fora caso contrário teremos um imperador e três príncipes
Tânia
2019-09-05 15:18:13Sai fora Moro ! #saiforaMoro
Tânia
2019-09-05 15:15:22#saiforaMoro
Andre
2019-09-05 15:09:32Vamos todos fazer arminha com a mão!!!!!
Francisco
2019-09-05 13:23:21A conversa pode ter sido assim: "eu te dou carta branca, menos para investigar o Flavinho". Capitão de merda.
Jorge
2019-09-05 12:31:26Pessoal, votamos numa porcaria de má intenção!