Setor hoteleiro quer licença não remunerada de 90 dias
Entidades dos ramos hoteleiro e turístico enviaram na sexta-feira, 13, ao ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (foto), ofício pedindo que o governo federal os auxilie com medidas emergenciais para minimizar os impactos da pandemia do coronavírus. No documento, ao qual Crusoé teve acesso, elas requisitam a edição de uma medida provisória concedendo, entre outras coisas,...
Entidades dos ramos hoteleiro e turístico enviaram na sexta-feira, 13, ao ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (foto), ofício pedindo que o governo federal os auxilie com medidas emergenciais para minimizar os impactos da pandemia do coronavírus.
No documento, ao qual Crusoé teve acesso, elas requisitam a edição de uma medida provisória concedendo, entre outras coisas, a "garantia" para que as empresas dos setores possam dar licença sem remuneração a seus funcionários e colaboradores por até 90 dias.
Embora peçam a garantia, as entidades chamam a medida de "extrema" e dizem que o setor "quer evitar" recorrer a ela. "O objetivo é manter os empregos e evitar demissões, o que pode ser alinhado com a liberação do FGTS e com férias coletivas", argumentam.
No oficio, há ainda pedidos como a inclusão dos segmentos hoteleiro, de parques e atrações turísticas no critério de desoneração da folha de pagamento; a criação de linhas de crédito para capital de giro; e carência para pagamento de tributos parcelados.
"Trata-se de um momento de risco sistêmico ao setor de turismo, que pode causar um prejuízo irremediável a toda atividade dessa cadeia, implicando na inviabilidade de muitas empresas e ameaçando milhares de postos de trabalhos de seus colaboradores", justificam as associações.
O ofício é assinado pelos presidentes de cinco entidades: Associação Brasileira de Resorts; Associação Brasileira da Indústria de Hotéis; Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil; Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação; e
Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas.
Procurada, a assessoria do ministro do Turismo não respondeu sobre qual encaminhamento ele deve dar ao pedido do setor. Como Crusoé revelou no domingo, 15, Álvaro Antônio está em isolamento preventivo por causa coronavírus, após viajar a Portugal.
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Comentários (10)
GILMAR
2020-03-17 05:40:24Se persistir esta histeria, não tem jeito, vamos todos quebrar com ou sem coronavirus.
Luciana
2020-03-16 16:57:44Entendo a necessidade, mas o que seria feito também para apoiar os comerciantes menores nesse momento? Bares, restaurantes, lojas, todos passarão pela mesma situação e com nenhuma folga. Decisões muito difíceis.
ANTENOR
2020-03-16 15:53:15Legal, belo círculo: 90 dias sem trabalhar e sem receber, sem consumir(?), sem produzir e sem pagar contas e impostos... Fantástica espiral em que todos perdem! Que tal aproveitar o momento para negociar atividades online, buscar entendimento com clientes e fornecedores para girar o dinheiro? Estou falando de negociar com fornecedores, funcionários e clientes, valores e serviços mínimos e seguros que evitem paralisação total e sem demissões, com mínimo de renda a todos...
Ruy
2020-03-16 14:39:03Já foi tentado algo parecido mas, Lewan e seus parasitas foram contra. Lembra?
Jose
2020-03-16 14:25:23Em resumo: os empresários querem mais subsídios. Que tal o BB oferecer empréstimos com juros baixos para que o setor possa passar a crise. Tal iniciativa estaria mais em linha com uma economia capitalista onde o risco é parte do jogo!
Germano
2020-03-16 13:59:02A economia já está parada. Já pensou vários Pais e Mães de família sem receber por 90 dias? O governo tem que chegar junto, fazer um sacrifício, mas tentar garantir o salário e empregos do setor turístico sem esquecer de proteger também as empresas.
Hermann
2020-03-16 13:56:45concordo com vc Verônica.
Getulio
2020-03-16 13:49:14O governo federal deveria há muito ter constituído seu Gabinete de Crise. As medidas socioeconômicas têm de ser coordenadas, não se justificando a inércia em nível central. Não se espere do Congresso, com a notória dupla BB, iniciativa desse porte. Nem de um STF que raramente se conduz como um colegiado. A bola está, pois, no campo do PR (The buck stops there)! Abandonem-se instrumentos de mesquinhez e miopia, como os chamados gabinetes de intriga ou do ódio. Que se instale o gabinete da crise.
Veronica
2020-03-16 13:45:00Gente, isso é uma medida emergencial. Isso significa que para ser aplicada, o setor ou empresa, tem que apresentar a necessária medida. Pode ser uma solução sim!!! Quem muito quer, sem nada fica. Depois as medidas serão piores, como demissões sem o funcionário receber NADA! Sejamos inteligentes, flexíveis, prudentes e solidários. Isso é apenas um momento difícil para TODOS!!!!
NADIR
2020-03-16 13:41:12NÃO CONCORDO, cada um tem que segurar o seu problema!!!!!!!!!!!!!!