Crusoé
23.08.2025 Fazer Login Assinar
Crusoé
Crusoé
Fazer Login
  • Acervo
  • Edição diária
Edição Semanal
Pesquisar
crusoe

X

  • Olá! Fazer login
Pesquisar
  • Acervo
  • Edição diária
  • Edição Semanal
    • Entrevistas
    • O Caminho do Dinheiro
    • Ilha de Cultura
    • Leitura de Jogo
    • Crônica
    • Colunistas
    • Assine já
      • Princípios editoriais
      • Central de ajuda ao assinante
      • Política de privacidade
      • Termos de uso
      • Política de Cookies
      • Código de conduta
      • Política de compliance
      • Baixe o APP Crusoé
    E siga a Crusoé nas redes
    Facebook Twitter Instagram
    Diários

    Controle, repressão e tortura: o horror do regime de Bashar Assad

    As condições encontradas nas prisões revelaram uma estrutura mais parecida com campos de concentração do que prisões comuns

    avatar
    Redação Crusoé
    4 minutos de leitura 13.12.2024 08:42 comentários 0
    Reprodução
    • Whastapp
    • Facebook
    • Twitter
    • COMPARTILHAR

    A estrutura do regime sírio, marcada por medo, repressão e tortura, foi um elemento central para manter a população sob controle. Em uma entrevista para o jornal suíço Neue Zürcher Zeitung (NZZ), Noura Chalati, especialista em questões sírias, discorreu sobre o funcionamento desse sistema opressivo e suas conexões com práticas históricas de regimes totalitários.

    As condições encontradas nas prisões que foram abertas após a queda do regime de Bashar Assad, revelaram uma estrutura mais parecida com campos de concentração do que prisões comuns.

    "Embora os horrores já fossem conhecidos, faltavam imagens que comprovassem as atrocidades. Agora, com a divulgação de vídeos e relatos de sobreviventes, o mundo começa a entender a extensão desse sistema", afirma Chalati.

    A especialista em questões sírias destaca ainda que existem cerca de 200 mil desaparecidos e expressa sua preocupação com o sofrimento contínuo das famílias que esperam por notícias de seus entes queridos.

    Arbitrariedade como norma

    Questionada sobre quem eram as vítimas da repressão, Chalati explica que uma variedade de cidadãos foi alvo do regime: "Alguns eram críticos abertos do governo, mas isso era raro, pois as pessoas sabiam que poderiam ser presas por isso.

    Muitos foram detidos por motivos religiosos ou políticos, mas até cidadãos comuns que postaram algo considerado inadequado nas redes sociais ou que não agradaram um agente secreto foram encarcerados. A arbitrariedade era a norma".

    A especialista detalha que o sistema de segurança era mantido por quatro principais agências de inteligência, duas militares e duas civis. No entanto, essa divisão é considerada artificial, já que todas tinham como alvo a população civil: "A estrutura era propositalmente complexa e opaca, com várias subdivisões competindo entre si por poder", afirma Chalati.

    O chamado serviço de inteligência da Força Aérea era especialmente poderoso devido à proximidade com a família Assad. Hafez Assad, pai de Bashar, era piloto e posicionou seus aliados nas principais funções deste serviço.

    Este órgão estava encarregado das operações sensíveis do Estado e das atividades no exterior, enquanto os outros serviços focavam na vigilância da população. Além disso, Chalati menciona a existência de pelo menos 150 mil informantes espalhados pelo país.

    Intimidação e medo

    As metodologias utilizadas pelas agências incluíam intimidação e a criação de um clima constante de medo e desconfiança. Com uma rede infiltrada em diversas esferas sociais, desde universidades até pequenas lojas, ninguém sabia exatamente quem poderia ser um informante. "Era um imenso aparato burocrático comparável", destaca Chalati.

    A corrupção também era um problema crônico dentro desse sistema. Segundo Chalati, havia um jargão específico para os desaparecidos: "Eles estavam 'além do sol', indicando que estavam em locais desconhecidos. As famílias, porém, conseguiam subornar agentes para obter informações sobre o paradeiro dos desaparecidos".

    Influência nazista

    Ela também ressalta como o regime tinha raízes históricas na influência nazista após a Segunda Guerra Mundial. Ex-membros da SS e da Wehrmacht foram trazidos para ajudar na formação das agências de segurança durante as tentativas sírias de reformar as estruturas deixadas pelos franceses na década de 1940.

    Além disso, a colaboração com a Alemanha Oriental foi significativa: "Síria pode ter sido um estado não alinhado, mas mantinha laços estreitos com o Pacto de Varsóvia", observa ela. Essa cooperação incluiu troca de estratégias de vigilância e tecnologias de comunicação entre os dois regimes.

    E agora?

    Agora que o regime Asad enfrenta desafios significativos após uma década de conflito, Chalati acredita que os altos funcionários das agências de inteligência estão em situação precária.

    Embora tenha havido propostas de anistia para soldados regulares do regime pelos rebeldes, os membros dos serviços secretos são vistos como figuras responsáveis pelas maiores atrocidades e provavelmente enfrentarão resistência em qualquer tentativa de perdão oficial.

    A preservação dos documentos relacionados às ações dos serviços secretos será importante para possibilitar uma futura responsabilização daqueles envolvidos em crimes contra a humanidade.

    Diários

    Senador apresenta projeto de lei para blindar Pix contra taxações

    Guilherme Resck Visualizar

    Crusoé nº 381: Barraco bolsonarista

    Redação Crusoé Visualizar

    Defesa de Malafaia se diz "cerceada"

    Redação Crusoé Visualizar

    Os problemas no pedido de asilo de Bolsonaro para "Miliei"

    Duda Teixeira Visualizar

    Pai herda pré-candidatura de Miguel Uribe, assassinado na Colômbia

    Redação Crusoé Visualizar

    João Campos lidera com folga em Pernambuco, aponta Quaest

    Redação Crusoé Visualizar

    Mais Lidas

    A ópera silenciada de Vale Tudo

    A ópera silenciada de Vale Tudo

    Visualizar notícia
    Barraco bolsonarista

    Barraco bolsonarista

    Visualizar notícia
    Crusoé nº 381: Barraco bolsonarista

    Crusoé nº 381: Barraco bolsonarista

    Visualizar notícia
    Defesa de Malafaia se diz "cerceada"

    Defesa de Malafaia se diz "cerceada"

    Visualizar notícia
    Lula pode ter uma chance com Alckmin em São Paulo?

    Lula pode ter uma chance com Alckmin em São Paulo?

    Visualizar notícia
    O juiz intrometido

    O juiz intrometido

    Visualizar notícia
    O perigo de depender da China

    O perigo de depender da China

    Visualizar notícia
    O senador que ameaça os planos de Lula para o governo de MG

    O senador que ameaça os planos de Lula para o governo de MG

    Visualizar notícia
    Os problemas no pedido de asilo de Bolsonaro para "Miliei"

    Os problemas no pedido de asilo de Bolsonaro para "Miliei"

    Visualizar notícia
    Pai herda pré-candidatura de Miguel Uribe, assassinado na Colômbia

    Pai herda pré-candidatura de Miguel Uribe, assassinado na Colômbia

    Visualizar notícia

    Tags relacionadas

    Bashar al-Assad

    Síria

    < Notícia Anterior

    "Um dia o Irã será livre", diz Netanyahu ao povo iraniano

    12.12.2024 00:00 | 4 minutos de leitura
    Visualizar
    Próxima notícia >

    Macron nomeia Bayrou como novo primeiro-ministro da França

    13.12.2024 00:00 | 4 minutos de leitura
    Visualizar
    author

    Redação Crusoé

    Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

    Comentários (0)

    Torne-se um assinante para comentar

    Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

    Comentários (0)


    Notícias relacionadas

    Senador apresenta projeto de lei para blindar Pix contra taxações

    Senador apresenta projeto de lei para blindar Pix contra taxações

    Guilherme Resck
    23.08.2025 14:00 3 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Crusoé nº 381: Barraco bolsonarista

    Crusoé nº 381: Barraco bolsonarista

    Redação Crusoé
    23.08.2025 07:02 3 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Defesa de Malafaia se diz "cerceada"

    Defesa de Malafaia se diz "cerceada"

    Redação Crusoé
    22.08.2025 21:52 3 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Os problemas no pedido de asilo de Bolsonaro para "Miliei"

    Os problemas no pedido de asilo de Bolsonaro para "Miliei"

    Duda Teixeira
    22.08.2025 17:52 3 minutos de leitura
    Visualizar notícia
    Crusoé
    o antagonista
    Facebook Twitter Instagram

    Acervo Edição diária Edição Semanal

    Redação SP

    Av Paulista, 777 4º andar cj 41
    Bela Vista, São Paulo-SP
    CEP: 01311-914

    Redação Brasília

    SAFS Quadra 02, Bloco 1,
    Ed. Alvoran Asa Sul. — Brasília (DF).
    CEP 70070-600

    Acervo Edição diária

    Edição Semanal

    Facebook Twitter Instagram

    Assine nossa newsletter

    Inscreva-se e receba o conteúdo de Crusoé em primeira mão

    Crusoé, 2025,
    Todos os direitos reservados
    Com inteligência e tecnologia:
    Object1ve - Marketing Solution
    Princípios Editoriais Assine Política de privacidade Termos de uso