Contratos sigilosos da Abin crescem 120% em primeiro ano de Bolsonaro
Dados do Portal da Transparência do governo federal mostram que a Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, aumentou em 120% seus gastos com contratos sigilosos em relação ao ano de 2018. No ano passado, durante o governo de Michel Temer, foram gastos 9,9 milhões de reais em pagamentos de fornecedores classificados como sigilosos. Esse número...
Dados do Portal da Transparência do governo federal mostram que a Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, aumentou em 120% seus gastos com contratos sigilosos em relação ao ano de 2018.
No ano passado, durante o governo de Michel Temer, foram gastos 9,9 milhões de reais em pagamentos de fornecedores classificados como sigilosos. Esse número saltou para 21,8 milhões de reais em 2019.
Nesse tipo de contratação, prevista na legislação em casos nos quais a publicação de nomes pode ser lesiva “à segurança da sociedade e do estado”, somente os valores, datas e órgãos contratantes são disponibilizadas pelo portal.
No total, a Abin assinou 35 contratos classificados como sigilosos. Cinco deles com valor acima de 1 milhão de reais. O mais caro foi assinado em 10 de janeiro de 2019, no valor de 4,5 milhões, e tem validade até o próximo dia 23 de janeiro.
Atualmente, a Abin é chefiada pelo delegado da Polícia Federal Alexandre Ramagem. Ele foi escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro após comandar a equipe responsável por sua segurança durante a campanha de 2018.
A Abin, por meio da assessoria de imprensa, disse que “em virtude da hipótese de sigilo específico prevista no artigo 9º A da Lei 9883/99” não vai se manifestar sobre a execução orçamentária de “dotações sigilosas”.
Ainda segundo a agência, todos os contratos celebrados seguem os ditames da Lei 8.666/93, “razão pela qual não há que se falar em contratos sigilosos".
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Comentários (10)
Uira
2020-01-16 21:21:22Além disto, por ganho de escala e maior facilidade, quanto menos FORNECEDORES houver, mais simples seria fazer toda a gestão e distribuição da PROPINA, além de reduzir o número de gente envolvida. Haveria interseções, o que aumentaria as fontes de obtenção de material probatório.
Uira
2020-01-16 21:17:03Claro que dentro deste cenário o melhor seria se mapear a REDE e identificar o máximo de ELOS. Além disto, seria bom tb que se checasse as possíveis interseções nas diversas esferas da administração pública (prefeituras, estados, governo federal). Se o MODUS OPERANDI é o mesmo, devem abundar interseções. Por exemplo, o repasse de PROPINAS tem que sair dos FORNECEDORES para os TESTAS DE FERRO. Parece lógico que haja uma maior centralização nesta tarefa específica.
Uira
2020-01-16 21:11:35Se eles, ao invés de ajustarem seu ESTILO DE VIDA, tencionam continuar se locupletando como se nada tivesse mudado, isto implica que a REDE SUBTERRÂNEA é gigantesca e envolve um sem número de indivíduos, tanto do lado dos CONTRATOS quanto dos FORNECEDORES. Se a força de uma corrente está em seu elo mais fraco, então quanto mais elos houver na REDE SUBTERRÂNEA , mas fraca ela seria, pois o que não falta são ELOS EXPOSTOS levando aos TESTAS DE FERRO.
Uira
2020-01-16 21:04:21Portanto, o que era só uma atividade de baixo risco para complementar a "renda" se transformou na única saída para que os CORRUPTOS tapassem o ROMBO em suas finanças causado pela LAVAJATO. Supondo-se que entre os TESTAS DE FERRO haja velhos conhecidos (Renan Calheiros, Jader Barbalho, Novilho) e o histórico deles, então é razoável se supor que eles não estão deixando passar nem um alfinete. E é exatamente a VORACIDADE deles que os torna um ALVO ÓBVIO.
Uira
2020-01-16 20:56:18Em termos práticos o papel dos TESTAS DE FERRO seria o mesmo que eles tinham no Petrolão, mas a diferença é que eles deixaram de operar no ATACADO para ir para o VAREJO. É óbvio que tal coisa não deve ter surgido de agora e já devia estar em funcionamento antes de Bolsonaro chegar ao poder, mas o que muda é que os CORRUPTOS devem estar sendo forçados a EXAGERAR NA DOSE, uma vez que eles não tem mais a galinha dos ovos dourados para se locupletarem.
Uira
2020-01-16 20:48:19Para a rede operar plenamente, seria indispensável que fossem cooptados gestores de contratos públicos e granjear FORNECEDORES "AMIGOS". Desta forma, os TESTAS DE FERRO da rede subterrânea seriam o PONTO DE CONTATO entre os responsáveis por realizar as licitações e os FORNECEDORES "AMIGOS", intermediando o SUPERFATURAMENTO ou CONTRATO SEM QQ JUSTIFICATIVA e a distribuição de PROPINAS. Seriam eles quem se encarregariam de receber os valores e repassar para os gestores de contrato.
Uira
2020-01-16 20:42:27Se por um lado isto significa que os valores menores e fracionados facilitam a dissimulação do fruto da corrupção, por outro, este modus operandi logicamente implicaria a necessidade de realizar mais "transações" (CONTRATOS FRAUDADOS) e envolver uma rede mais ampla e diversificada de AGENTES CORRUPTOS para fraudar os CONTRATOS. Exatamente por isto a rede precisaria se espraiar ao longo de um horizonte mais amplo e envolver um número maior de indivíduos.
Uira
2020-01-16 20:33:58Quando o gato não está, os ratos vão às compras. Uma série de coincidências envolvendo contratos públicos em diferentes esferas do PODER PÚBLICO levam a possibilidade mais do que plausível de que haja uma REDE SUBTERRÂNEA DE CORRUPÇÃO operando em mais de uma esfera da administração pública. A diferença para o padrão observado no Petrolão é de que esta rede não estaria interessada em botar a mão em quantias vultuosas, pois teria o interesse de se manter longo dos radares.
Cosme
2020-01-06 14:52:35A história se repete, ao menos o PT dividia com os POBRES.
Miguel
2020-01-06 14:46:45Não é bem o caso, mas aparecem algumas comparações aqui, que francamente. Imaginemos que 2 indivíduos (O P.T. e o J. B.) tenham cada um 5 filhas menores. O P. T. durante anos estupra as 5 filhas menores. Aí, o J. B. em certo dia dá uma palmada em uma de suas filhas menores. Aí, alguém comenta: igualzinho ao P. T.