Consultoria prevê "medida hostis" da Rússia contra EUA e UE
Relatório da Eurasia analisa principais riscos geopolíticos para o ano de 2026
A consultoria Eurasia publicou nesta terça, 23, um relatório sobre os principais riscos geopolíticos para o ano de 2026.
No capítulo dedicado à Rússia, o documento classifica o país como a "principal potência fora da ordem internacional", especialmente após o colapso da capacidade nuclear do Irã.
Segundo a consultoria, Moscou deve adotar novas medidas hostis contra os Estados Unidos e a União Europeia, mesmo diante da possibilidade de um cessar-fogo na Ucrânia.
"Neste ano, Moscou adotará ainda mais políticas destinadas a minar a ordem global liderada pelos Estados Unidos, apesar de um provável cessar-fogo na Ucrânia. A Rússia tomará medidas hostis e assimétricas contra países da União Europeia — especialmente aqueles na linha de frente — à medida que continuarem a apoiar políticas contrárias aos interesses russos. Moscou também seguirá exercendo o papel de líder do chamado Eixo dos Párias (ver Risco nº 5 do ano passado: Eixo dos Párias), uma parceria militar estratégica com Irã e Coreia do Norte que pode causar significativa instabilidade global."
A consultoria avalia ainda que o ditador russo, Vladimir Putin, acredita estar em guerra direta com a OTAN na Ucrânia e considera a vitória “de importância existencial”.
"Os objetivos revisionistas de Vladimir Putin em relação ao Ocidente liderado pelos EUA são um motor central de sua política externa. O presidente russo se opõe fortemente à expansão da OTAN e à exclusão da Rússia do sistema de segurança europeu. Essas queixas fundamentam o desejo de Putin de enfraquecer as democracias ocidentais e provocar instabilidade dentro da aliança liderada pelos EUA.
No início deste ano, tanto a Rússia quanto a Ucrânia buscarão ganhar vantagem em negociações futuras e estarão mais dispostas a assumir riscos. Isso significa ataques mais intensos com mísseis e drones contra os territórios de ambos os lados, combates pesados na linha de frente e tentativas de assassinato de elites por parte das duas partes. A dinâmica será escalatória."
Venezuela
No trecho sobre a Venezuela, o documento aponta o país como um dos principais focos de instabilidade política e risco geopolítico na América Latina.
Além disso, destaca que a crise institucional continua sem solução.
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