Como os brasileiros veem a denúncia contra Bolsonaro
Somente 22,5% acreditam que a denúncia foi legítima e baseada em fatos reais
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Uma pesquisa da MDA/CNT divulgada nesta terça, 25, avaliou como os brasileiros veem a denúncia que foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 33 pessoas.
Apenas 22,5% dos entrevistados acreditam que a denúncia foi legítima e baseada em fatos reais.
A maior parte dos entrevistados, 33,2%, concorda que o documento da PGR foi motivado politicamente.
E outros 31% dizem ter havido uma "combinação de fatos reais e motivação política".
Ou seja, 64%,2% veem alguma motivação política na denúncia.
Leia em Crusoé: As principais críticas à denúncia da PGR contra Jair Bolsonaro
Responsabilidade de Jair Bolsonaro
Ainda segundo o levantamento, 27,6% dos brasileiros acreditam que o ex-presidente não é responsável pelos crimes apontados na denúncia.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, denunciou Jair Bolsonaro pelos crimes de liderança de organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
Para 26,9%, Bolsonaro é o principal responsável. Outros 28,9% afirmaram que ele "é um dos responsáveis".
Piora na imagem
A maioria dos brasileiros que responderam a pesquisa, cerca de 70%, afirma que a denúncia não mudou a opinião que eles tinham sobre Jair Bolsonaro.
Mas 13% acreditam que a denúncia "piorou muito" a avaliação sobre o ex-presidente, e 6,7% dizem que "piorou um pouco".
A quantidade dos que acham que a denúncia melhorou — um pouco ou muito — a imagem de Bolsonaro é bem menor: 4%.
Condenação provável
Para 41% dos brasileiros, Bolsonaro será condenado ao final do processo.
Mas uma fatia ainda maior, 45%, acredita que o ex-presidente será absolvido.
Críticas à denúncia
O documento apresentado pela PGR tem sido criticado por não incluir trechos da denúncia do ex-ajudante de ordens Mauro Cid que contrastavam com o enredo principal.
Além disso, os vídeos (foto) mostrando a delação premiada mostraram o ministro do STF, Alexandre de Moraes, pressionando Mauro Cid a falar.
Em audiência realizada em 21 de novembro de 2024, Moraes cobrou uma “reflexão maior” de Cid e seus advogados “para que esclareçam omissões, contradições na sua colaboração, sob pena não só da decretação de prisão, como também da cessação e consequente rescisão da colaboração; e eventual rescisão englobará, inclusive, a continuidade das investigações e responsabilização do pai do investigado, de sua esposa e de sua filha maior”.
Moraes será um dos magistrados a julgar o caso, na Primeira Turma do STF.
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