Como o brasileiro se protege dos criminosos
A principal medida de proteção no Brasil é "evitar determinados bairros", apontada por 50% dos ouvidos pelo instituto AtlasIntel

Pesquisa Latam Pulse divulgada pela AtlasIntel em parceria com a Bloomberg nesta sexta-feira, 7, indica as principais estratégias dos brasileiros — e de quatro vizinhos na América Latina —para se proteger dos criminosos.
A principal medida de proteção no Brasil é "evitar determinados bairros", apontada por 50% dos 5.710 ouvidos de 24 a 27 de fevereiro. "Evitar sair à noite" foi apontado por 45%, assim como "evitar andar com coisas de valor".
Apelar para alarmes e câmeras de segurança em casa foi apontado por 31%. Apenas 18% dos brasileiros responderam que não mudaram seus hábitos por causa do crime.
Por outro lado, 20% afirmaram que já consideraram se mudar para um país mais seguro.
Em todos os países pesquisados, mais de 70% disseram evitar certas partes das cidades com medo da violência. No Brasil, o percentual é de 81%, praticamente empatado com o Chile, que registrou 82%.
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Celulares
Dos cinco países pesquisados, o México é onde a população tem mais mais medo de sair à noite (76%), seguido por Colômbia (70%), Chile (69%) e Argentina (54%).
Quem mais evita bairros são os colombianos (61%), que também são os cidadãos que mais evitam carregar bens de valor (63%). O crime mais presenciado na maioria dos países consultados é de roubo de celular.
No Brasil, esse tipo de crime foi presenciado por 49% da população, pouco menos do que o tráfico de drogas (51%). Os colombianos são os que mais disseram ter presenciado roubo de celular (70%).
No Chile, se destaca o "vandalismo e depredação de propriedade pública", presenciado por 59%.
Já no México, impressionantes 66% disseram já ter presenciado tiros arma de fogo — esse índice é de 29% no Brasil, para se ter uma ideia da situação no México.
Nos últimos três meses, os mexicanos (66%) são, dos países consultados, quem mais presenciou crimes sendo cometidos. No Brasil, o número é de 33%.
Homicídios desvendados
A pesquisa também indica que 50% dos brasileiros são céticos quanto à capacidade da polícia de identificar responsáveis por homicídios. No México, 84% não acreditam na eficiência das forças policiais.
O levantamento indica ainda que "a grande maioria dos latino-americanos — cerca de 90% no Brasil (86%), Colômbia (91%) e México (92%) — acredita que organizações criminosas se infiltraram em setores-chave dos sistemas político e de Justiça".
É generalizada também a desconfiança sobre o comprometimento dos políticos em reduzir as taxas de crime. Mas quem desconfia mais são os brasileiros: 96% responderam "não" à seguinte pergunta: "Você acha que a maioria dos políticos no seu país está genuinamente comprometida em reduzir a criminalidade ou eles usam isso principalmente para ganhos políticos?".
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Comentários (1)
Amaury G Feitosa
2025-03-08 11:12:26Moleza os manés se defendem das facções que uns entendem causam menos danos que os pôdres poderes em sua insana ditadora e vários assim se safam ... assaltado entregam o celular, a senha da conta e o carro, um amigo fez tudo isto mas processou o ladrão por discriminação, quis lhe entregar a véia e o rabo recusados no ato por machista sem a mínima noção de direitos humanos .. por favor senhor ladrão se me assaltar não aceito deixar de ser enrabado pois fique certo vai doer e custar muito menos que o bofe ingrato.