Com chuvas abaixo da média histórica, ONS coloca térmicas de sobreaviso
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) passou a alertar as usinas termelétricas para que fiquem de prontidão para atender possíveis demandas de carga no Sistema Interligado Nacional (SIN), que abastece o país todo com energia elétrica. O anúncio foi feito aos operadores destas usinas, entre elas nomes como a Petrobras e a Âmbar Energia,...
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) passou a alertar as usinas termelétricas para que fiquem de prontidão para atender possíveis demandas de carga no Sistema Interligado Nacional (SIN), que abastece o país todo com energia elétrica. O anúncio foi feito aos operadores destas usinas, entre elas nomes como a Petrobras e a Âmbar Energia, dos irmãos Joesley e Wesley Batista.
O principal motivo para atenção, aponta o ONS — que gerencia a geração, transmissão e distribuição da carga de energia gerada no país — é a redução dos reservatórios brasileiros, que estariam "significativamente abaixo da média histórica" de armazenamento. Além das condições hidrometeorológicas adversas, "no ano de 2024 tem se verificado um crescimento carga comparado com os últimos anos, principalmente sob a ótica da ponta de carga diária".
Com isso, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) orientou que as usinas térmicas permaneçam de sobreaviso para poder contribuir com a geração de energia durante os próximos meses, chamados de transição. Isso porque o país passa do chamado período seco para uma nova fase de chuvas e período úmido nos meses finais do ano, enchendo reservatórios das hidrelétricas, a principal matriz energética do país.
Dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que compila dados sobre a formação do preço da energia no país, apontam que os reservatórios brasileiros, hoje em 68,3% da sua capacidade, estão mais de 10 pontos percentuais abaixo do que era projetado para esta época do ano. Os níveis não estão tão preocupantes quanto nos piores anos de seca, como foi em 2017, mas não devem melhorar até pelo menos o mês de dezembro.
Na prática, a redução dos reservatórios pode representar contas de luz mais cara para todos, por meio das bandeiras tarifárias. Como são mais caras de ser produzida, a energia termelétrica — originária de carvão, gás, biomassa e principalmente diesel — pressiona as bandeiras tarifárias para cima, aumentando o valor a ser pago na conta de luz.
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