Com apoio de Covas, Câmara vai indicar tucano para o Tribunal de Contas de SP
Com o patrocínio do prefeito de São Paulo, Bruno Covas, do PSDB, a Câmara Municipal vai indicar o atual presidente da casa, Eduardo Tuma, também tucano, para uma vaga no Tribunal de Contas do Município, o TCM, órgão auxiliar do Legislativo que fiscaliza as despesas da prefeitura. A vaga acaba de ser aberta com o...
Com o patrocínio do prefeito de São Paulo, Bruno Covas, do PSDB, a Câmara Municipal vai indicar o atual presidente da casa, Eduardo Tuma, também tucano, para uma vaga no Tribunal de Contas do Município, o TCM, órgão auxiliar do Legislativo que fiscaliza as despesas da prefeitura.
A vaga acaba de ser aberta com o pedido de aposentadoria do conselheiro Edson Simões, publicado nesta terça-feira, 8. Simões ficou no TCM por mais de 23 anos, após ter sido indicado pela Câmara com o apoio do então prefeito Celso Pitta. Por isso, o seu substituto será escolhido pelo Legislativo.
A indicação de Tuma para o Tribunal de Contas foi sacramentada na sexta-feira, 4, em um café da manhã com Bruno Covas e o vereador Milton Leite, do DEM. Na reunião do trio, ficou decidido também que o prefeito apoiará com sua base a eleição de Leite para a presidência da Câmara no início de 2021.
Para que a indicação ocorra é necessária apenas a coleta de 19 assinaturas de apoio, entre os 55 vereadores. Se algum outro parlamentar também conseguir o apoio mínimo, a indicação vai para votação em plenário. Caso contrário, Tuma passará apenas por uma sabatina antes de ter seu nome aprovado.
A indicação de Eduardo Tuma, que é sobrinho do ex-senador Romeu Tuma, repete uma velha prática adotada pela Câmara e pelos antecessores de Bruno Covas na prefeitura, de indicar políticos para ocuparem uma cadeira no TCM, cuja atuação é, ou deveria ser, estritamente técnica.
Na gestão de Fernando Haddad, do PT, por exemplo, o indicado foi o então vereador petista João Antônio, que contou com o apoio do Executivo. Já Gilberto Kassab indicou o então vereador Domingos Dissei, que também era do seu partido, o PSD.
Além de Tuma, Covas terá a oportunidade de indicar outro nome para o TCM em 2023, quando o conselheiro Maurício Faria, indicado pela ex-prefeita Marta Suplicy, já poderá se aposentar. O tribunal é composto por cinco conselheiros, que recebem salário bruto de 35,4 mil reais.
Conhecido como "Tuminha", o atual presidente da Câmara é advogado, tem 39 anos, e está em seu segundo mandato de vereador. Membro da igreja Bola de Neve, o tucano se destacou como um grande defensor das igrejas evangélicas na Câmara, liderando a aprovação de projetos de anistia a templos religiosos.
Em 2018, após a renúncia de João Doria para disputar o governo do estado, Eduardo Tuma foi chamado por Bruno Covas para ser seu secretário da Casa Civil. Deixou o cargo no final do ano para ser o presidente da Câmara. Nesta eleição, o tucano foi reeleito com 40 mil votos, sendo 11º mais votado.
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Comentários (3)
Wanderlei
2020-12-09 08:14:32Político tomando conta das Contas Públicas não tem a menor credibilidade. Em todas as esferas do país.
MARCOS
2020-12-08 14:35:19A única indicação que deveria valer é através de notório conhecimento sobre os assuntos que serão julgados pelo TCM e a conduta ilibada. O resto só vai dar merda.
VARLICE
2020-12-08 11:58:49Uma mão lava a outra e as duas lavam o traseiro. Esse política de compadrio passou da hora de acabar.