Collor pede perdão pelo confisco da poupança: ‘Não víamos alternativa’
O ex-presidente Fernando Collor, senador pelo Pros de Alagoas, pediu desculpas pelo confisco da poupança, realizado em 1990. O bloqueio foi anunciado pouco após a posse de Collor pela equipe econômica de sua gestão, comandada pela então ministra da Fazenda, Zélia Cardoso de Mello. Trinta anos depois da medida, o ex-presidente reconheceu que o confisco...
O ex-presidente Fernando Collor, senador pelo Pros de Alagoas, pediu desculpas pelo confisco da poupança, realizado em 1990. O bloqueio foi anunciado pouco após a posse de Collor pela equipe econômica de sua gestão, comandada pela então ministra da Fazenda, Zélia Cardoso de Mello.
Trinta anos depois da medida, o ex-presidente reconheceu que o confisco foi um erro. “Gostaria de pedir perdão a todas aquelas pessoas que foram prejudicadas pelo bloqueio dos ativos”, afirmou Collor.
Ele justificou o bloqueio dos saques das poupanças e disse que, à época, “o país enfrentava imensa desorganização econômica”, por causa da hiperinflação de 80% ao mês. “Os mais pobres eram os maiores prejudicados, perdiam seu poder de compra em questão de dias, pessoas estavam morrendo de fome”, justificou Fernando Collor.
“O Brasil estava no limite. Durante a preparação das medidas iniciais do meu governo, tomei conhecimento de um plano economicamente viável, mas politicamente sensível, com grandes chances de êxito no combate à inflação. Era uma decisão dificílima. Mas resolvi assumir o risco”, acrescentou.
Collor disse que estava ciente do risco de que a medida poderia dissolver sua popularidade e até tirá-lo da Presidência. “Mas eliminar a hiperinflação era o objetivo central do meu governo e também do país. Acreditei que aquelas medidas radicais eram o caminho certo. Infelizmente errei”, reconhece.
“Eu e a minha equipe não víamos alternativa viável naquele início de 1990. Quisemos muito acertar. Nosso objetivo sempre foi o bem do Brasil e dos brasileiros”, finalizou Collor, em uma postagem pelas redes sociais.
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