'Coletivo Girassol' cobrava propinas à parte do esquema de Ricardo Coutinho
Um dos colaboradores da Operação Calvário -- Juízo Final, em que foi pedida a prisão do ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (foto), contou que fez parte de um esquema à parte de cobrança de propinas no governo paraibano. Ex-secretário de Turismo do estado, Ivan Burity admitiu em sua delação premiada que criou o "Coletivo Girassol"...
Um dos colaboradores da Operação Calvário -- Juízo Final, em que foi pedida a prisão do ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (foto), contou que fez parte de um esquema à parte de cobrança de propinas no governo paraibano. Ex-secretário de Turismo do estado, Ivan Burity admitiu em sua delação premiada que criou o "Coletivo Girassol" em sociedade com José Edvaldo Rosas e o ex-procurador-geral do estado Gilberto Carneiro, para obter comissões sem repartir o dinheiro com o restante do grupo investigado na Calvário. Ex-presidente do PSB da Paraíba, Rosas era secretário-chefe do atual governador João Azevêdo, que foi alvo de buscas na operação realizada na terça-feira, 17. Foi exonerado por Azevêdo por também ser um dos alvos da investigação.
O "Coletivo Girassol" cobrava propinas de 5% a 30% sobre materiais fornecidos para a área de educação do governo, de acordo com o relato de Burity, solto na semana passada, depois de preso em outubro, em uma fase anterior da Calvário. A compra de livros escolares, de acordo com o Ministério Público, era feita mediante uma comissão de até 30%. Outros materiais escolares, como os destinados a laboratórios, rendiam propinas de 20% sobre o valor da aquisição.
Segundo Burity, Carneiro e Edvaldo o procuraram para dizer que "parte do valor arrecadado deveria ser revertida em benefício deles, sob o argumento da necessidade de atendimento de ‘demandas do PSB’ e ‘demandas jurídicas especiais'’’. O ex-secretário contou ter estranhado o pedido, porque as propinas eram sempre entregues diretamente a Livânia Farias, que também foi procuradora-geral do estado, ou ao irmão do então governador, Coriolano Coutinho.
Mesmo assim, o delator relatou ter aceitado a orientação de Edvaldo, "até porque, como as propinas pagas pelos fornecedores da educação possuíam margens variadas, a operação proposta poderia ser implementada sem causar prejuízos à empresa criminosa ou dificultar o relacionamento de seus integrantes".
O Tribunal de Contas da Paraíba adiou nesta quarta-feira, 18, o julgamento das contas de 2016 do ex-governador Ricardo Coutinho. O julgamento estava previsto para ser realizado na quinta-feira, 19. Três conselheiros do tribunal foram alvo de mandados de busca e apreensão na Calvário -- Juízo Final.
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Comentários (5)
ARY
2019-12-19 07:44:02Eu quero novidade! Se der com a enxada no chão, com certeza vai achar minhoca!
Leandro
2019-12-18 19:45:15Dessa vem impicaram o juduciario e o Tribunal de contas. Tava demorando. Cadeia neles todos.
Luiz
2019-12-18 19:39:55Eita nordeste ....povo hospitaleiro, de boa fé que acredita em papai Noel ....merecem estar onde estão ...como os cariocas ...merecem ...
Maria
2019-12-18 15:35:43será que algum dia o Brasil se liga livrara desta corja corrupta? e revoltante tem propina em tudo
Cildani
2019-12-18 15:11:49Sou Paraibano. E sinto-me constrangido, com essa situação, Todos paguem pelos seus crimes.