China mostra solidariedade ao Brasil diante de tarifaço
A dúvida agora é se a manifestação do Ministério de Relações Exteriores de Pequim irá ajudar ou atrapalhar o Brasil

O Ministério de Relações Exteriores da China publicou nesta segunda, 28, uma mensagem na rede X em solidariedade ao Brasil, que poderá ser alvo de um tarifaço na próxima sexta, 1º de agosto.
"Guerras tarifárias não têm vencedores. O unilateralismo não serve aos interesses de ninguém. A China trabalhará com os países da América Latina e do Caribe e outros países do Brics para defender o sistema de comércio multilateral centrado na OMC [Organização Mundial do Comércio] e defender a equidade e a justiça internacionais", afirma ao texto.
A solidariedade chinesa, contudo, não necessariamente irá ajudar o Brasil nas negociações para evitar tarifas de 50% a produtos brasileiros.
Tanto a China quanto o Brics foram criticados por Donald Trump ao anunciar medidas contra o Brasil.
Poderoso dólar americano
No final de 2024, Trump citou a iniciativa do Brics de usar outra moeda, que não o dólar, nas trocas comerciais.
“A ideia de que os países do Brics estão tentando se afastar do dólar enquanto nós assistimos, acabou. Exigimos um compromisso desses países de que não criarão uma nova moeda do Brics, nem apoiarão nenhuma outra moeda para substituir o poderoso dólar americano, ou enfrentarão tarifas de 100% e deverão se preparar para dizer adeus à venda para a maravilhosa economia americana”, publicou Trump na sua rede Truth Social.
No início de julho deste ano, Trump voltou a fazer ameaças após um encontro do Brics no Brasil.
"Qualquer país que se aliar às políticas antiamericanas do Brics será cobrado com uma tarifa adicional de 10%. Não haverá exceções a essa política", escreveu Trump nas redes sociais.
Em seguida, após a reação de Lula, Trump ameaçou cobrar tarifas de 50% ao Brasil
Brics da China
O Brics, bloco inicialmente formado por Brasil, Rússia, Índia e China, incluiu a África do Sul em 2011.
No ano passado, o Brics foi ampliado de cinco para onze países, para incluir ditaduras como Arábia Saudita, Egito e Emirados Árabes.
De todos os membros atuais, 80% são autocracias.
Na prática, o Brics se tornou uma ferramenta da política externa chinesa.
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Comentários (1)
Eliane ☆
2025-07-28 15:03:50Esse BRICS interessa a quem? Eu não vejo vantagem em ter acordos com essas autocracias. A China protagonizou o BRICS, se apossou.O Brasil vai se tornar totalmente irrelevante,aliás, mais ainda. Incrível a capacidade do lula em ser tão, tão...