Chile vai às urnas com favoritismo da direita
Pesquisas apontam José Kast na liderança; Partido de Gabriel Boric apoiará comunista Jeannete Jara
Os chilenos vão às urnas no próximo domingo, 16, para definir o novo presidente.
As pesquisas apontam vantagem para a direita, que busca retomar o Palácio de La Moneda.
O favorito é o líder do Partido Republicano, José Antonio Kast, que aparece com 19,9% de apoio nas médias das sondagens.
Esta é a terceira candidatura de Kast, que nesta eleição reforça o discurso de ordem e segurança pública.
A lei chilena, porém, proíbe a divulgação de pesquisas eleitorais nos 15 dias que antecedem o pleito.
Com isso, as campanhas trabalham com médias dos últimos levantamentos realizados e pesquisas internas.
Direita
Além de Kast, a direita conta com as candidaturas da economista de centro-direita Evelyn Matthei e do o deputado libertário Johannes Kaiser.
Kaiser defende um discurso mais contundente em defesa das liberdades individuais.
Juntos, os candidatos de direita somam cerca de 50% das intenções de voto.
O combate à criminalidade no país é a narrativa em comum para derrotar a sucessora do presidente Gabriel Boric.
Esquerda em xeque
O partido de Boric apoiará a comunista Jeannete Jara, ex-ministra do Trabalho de seu governo.
A ex-ministra e filha do ministro do Interior de Salvador Allende, Carolina Tohá, foi eliminada nas primárias.
Jara venceu as prévias com 60% dos votos, mas seu histórico ligado ao comunismo pode pesar contra ela, especialmente em um cenário de crescente tensão envolvendo a Venezuela.
O desafio da candidata será chegar ao segundo turno e enfrentar um nome da direita no pleito previsto para 14 de dezembro.
Congresso
Além da presidência, os chilenos também definirão a composição do novo Congresso.
Todas as vagas da Câmara dos Deputados e metade das cadeiras do Senado serão renovadas.
Esta será a primeira eleição com cadastramento automático e voto obrigatório no país.
A medida deve aumentar a participação eleitoral e tornar o resultado mais imprevisível.
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