CGU identifica prejuízo de R$ 23,5 mi em repasses irregulares de programa federal
O governo Jair Bolsonaro teve um prejuízo de 23,5 milhões de reais em apenas seis meses devido a repasses irregulares à população por meio do programa federal voltado à manutenção do emprego e da renda durante a pandemia, segundo a Controladoria-Geral da União. A constatação é resultado de uma auditoria de rotina feita por técnicos...
O governo Jair Bolsonaro teve um prejuízo de 23,5 milhões de reais em apenas seis meses devido a repasses irregulares à população por meio do programa federal voltado à manutenção do emprego e da renda durante a pandemia, segundo a Controladoria-Geral da União. A constatação é resultado de uma auditoria de rotina feita por técnicos do órgão.
A investigação levou em conta transferências realizadas entre 28 de maio e 20 de novembro de 2021, depois da renovação do programa que permitiu o corte de salários e de jornadas de trabalho, com compensações na folha salarial de empregados feitas pelo governo. Ao todo, a CGU analisou 8.078.068 parcelas, que totalizaram 6,9 bilhões de reais.
Os auditores encontraram irregularidades em 26.611 transferências. O principal problema foi o pagamento do auxílio a pessoas que nem sequer tinham um vínculo empregatício em 28 de abril, quando houve a edição da medida provisória do programa — esses repasses provocaram um prejuízo de 9,2 milhões de reais. Já a realização de transferências a beneficiários do INSS levou o governo a perder 8,7 milhões de reais.
Houve, ainda, pagamentos a mortos, a pessoas vinculadas a órgãos ou empresas públicas e a beneficiários do auxílio emergencial, que, por lei, não poderiam receber o dinheiro. “Especificamente sobre o acúmulo com o Auxílio Emergencial, frisa-se que a responsabilidade pelo controle recairia, principalmente, sobre o Ministério da Cidadania, gestor do referido auxílio”, pontuou a CGU.
Diante dos problemas, a Controladoria-Geral da União recomendou que o governo trace um plano de ação para investigar as transferências suspeitas, “providenciando, para os casos pertinentes, a devolução dos valores recebidos indevidamente e o bloqueio em relação a novas parcelas”.
Essa não é a primeira vez que a CGU identifica falhas no programa federal. Como mostrou Crusoé, o órgão descobriu que, em 2020, o governo fez pagamentos indevidos que totalizaram quase 1 bilhão de reais.
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Comentários (7)
Avelar
2022-01-10 11:07:41Na verdade essa informação é um elogio ao sistema de controle do governo pois as cifras apresentadas (23 milhões de desperdício em 6,9 bilhões distribuídos) representa 0,3%, o que seria aceitável. Como foi divulgado pelo próprio órgão do governo, não é de espantar se ele não está se vangloriando do feito
Max
2022-01-10 07:33:08Recursos distribuídos no varejo por programas de assistência mal controlados (mesmo na era da informática) demonstram o quanto o Estado ainda carece de maior precisão e rigor nas operações financeiras e competência na administração. Juntando-se a essas mazelas a corrupção endêmica, temos aí o cenário ideal para um dos “ralos de desperdício” dos recursos públicos no BR.
Bartolomeu
2022-01-09 23:25:03Acrescente-se a CGU e CGEs.
Bartolomeu
2022-01-09 23:19:00Estamos tão acostumados com essas notícias de desvios que nem nos indignamos verdadeiramente. Todos os dias a PF e GAECOs deflagram operações contra organizações que lapidam milhões e milhões. Fiscalizacoes do TCU e TCEs também mostram a dimensão do roubo. Infelizmente nunca vemos esse dinheiro voltando e os autores (quase sempre identificados) presos. Efetivamente e divulgados valores recuperados só na finada Lava Jato. Moro2022 🇧🇷🇧🇷 Congresso oxigenado 2022🇧🇷🇧🇷
PAULO
2022-01-09 16:34:08A ineficiência do estado, é uma das mazelas a ser combatida. Moro Presidente 🇧🇷
Amaury
2022-01-09 16:03:28O prejuízo é do contribuinte, que banca o desgoverno.
Ricardo
2022-01-09 15:00:24bla, bla, bla eita refistinha fofoqueira