CCJ do Senado aprova escolha de André Mendonça ao STF; indicação vai ao plenário
Após pouco mais de sete horas de sabatina, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado aprovou a indicação do ex-advogado-geral da União André Mendonça (foto) ao Supremo Tribunal Federal. O placar registrou 18 votos favoráveis e nove contrários ao escolhido por Jair Bolsonaro para a sucessão de Marco Aurélio Mello. O nome dele,...
Após pouco mais de sete horas de sabatina, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado aprovou a indicação do ex-advogado-geral da União André Mendonça (foto) ao Supremo Tribunal Federal. O placar registrou 18 votos favoráveis e nove contrários ao escolhido por Jair Bolsonaro para a sucessão de Marco Aurélio Mello. O nome dele, agora, segue para o plenário da casa.
Durante a sabatina, Mendonça enfrentou temas espinhosos. Classificado pelo presidente como "terrivelmente evangélico", o pastor licenciado da Igreja Presbiteriana comprometeu-se a respeitar a laicidade do estado e disse não ver espaço para manifestações religiosas em sessões do Supremo.
O possível futuro ministro do STF ainda assegurou que, se alçado à corte, atuará com "irrestrita" imparcialidade e independência. Mendonça condenou o ativismo judicial e disse que agirá sem "interferências indevidas" nos poderes Legislativo e Executivo.
O ex-AGU ainda buscou se descolar das bandeiras ideológicas do presidente, embora tenha demonstrado "gratidão" a Bolsonaro. Mendonça antecipou que, se provocado judicialmente, defenderá o "direito constitucional do casamento civil das pessoas do mesmo sexo".
Em relação à política armamentista, o possível sucessor de Marco Aurélio Mello declarou que "logicamente" existe espaço para a flexibilização da legislação que trata do porte e da posse de armas, mas evitou comentar decretos editados por Bolsonaro que tratam do tema a pretexto de evitar eventual impedimento em julgamentos no STF.
Além disso, André Mendonça tentou afastar a fama de "lavajatista", alinhando o discurso aos interesses da classe política, ao defender que o Supremo não revisite o debate sobre a execução da pena após a condenação em segunda instância. Avaliou também que "delação premiada não é prova". O ex-AGU criticou a "criminalização da política".
A indicação de Mendonça deve ser avaliada no plenário do Senado ainda nesta quarta-feira. Lá, ele precisa do apoio de pelo menos 41 dos 81 parlamentares.
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Comentários (3)
Dalton
2021-12-02 10:10:07Vocês são uma vergonha para o povo brasileiro, estão totalmente desconectados com o ESTADO brasileiro, isso aqui virou uma barganha política do toma lá dá cá
MAURICIO
2021-12-01 19:09:19Cada vez mais o STF fica com a cara da impunidade, acreditar responsabilidade e ética nesta casa e o mesmo que acreditar que o Noel existe. Está casa proteja apenas corruptos, ladrões e pessoas desonestas.
Odete6
2021-12-01 18:00:19Que bonito, héin, CCJ do senadinho?!!! "Me engana que eu gosto", né mesmo"???O BRASIL """agradece""" "mais um pet" no stefinho, a serviço dos maus elementos das 3 funções do Estado.... 🤬🤬🤬🤬 ....