Casa Branca corrige Biden sobre apoiar 2ª chance a Maduro
A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre (foto), afirmou que o presidente, Joe Biden, se confundiu ao afirmar apoio à ideia de Lula sobre um segundo turno nas eleições presidenciais na Venezuela. "O presidente estava falando sobre o absurdo de Maduro e seus representantes não terem sido honestos sobre as eleições de 28 de julho",...
A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre (foto), afirmou que o presidente, Joe Biden, se confundiu ao afirmar apoio à ideia de Lula sobre um segundo turno nas eleições presidenciais na Venezuela.
"O presidente estava falando sobre o absurdo de Maduro e seus representantes não terem sido honestos sobre as eleições de 28 de julho", disse Jean-Pierre, nesta quinta, 15 de agosto.
A porta-voz ainda disse ser "claro" que o candidato da oposição democrática, Edmundo González Urrutia, "obteve a maioria dos votos" em 28 de julho.
Mais cedo nesta quinta, Biden foi questionado na Casa Branca sobre o tema e respondeu apenas: "Eu apoio".
Pouco antes da fala do presidente, o porta-voz do Departamento de Estado americano, Vedant Patel, se recusou a comentar a ideia de Lula.
Ele relembrou que a autoridade eleitoral venezuelana "ficou aquém de tomar medidas básicas de transparência e integridade e não seguiu disposições legais e regulatórias nacionais".
26 ex-chefes de governo condenam ideia de Lula
Vinte e seis ex-chefes de Estado e de governo da América Latina e da Espanha criticaram a proposta de Lula para um hipotético segundo turno da eleição na Venezuela.
A iniciativa é do grupo Iniciativa Democrática de Espanha e das Américas (Idea).
As lideranças descreveram a sugestão do petista, elaborada com os governos de Colômbia e México, de "escandalosa".
Leia também: Nova eleição? Lula e Amorim dão fôlego a Maduro
"Os ex-chefes de Estado e de Governo participantes da Iniciativa Democrática de Espanha e das Américas (Grupo Idea) levantam a voz para salientar enfaticamente que é escandaloso para a comunidade das nações democráticas das Américas ver os governos de Brasil, Colômbia e México aderirem ao propósito do ditador Nicolás Maduro de permanecer no poder e até promover novas eleições na Venezuela", diz a nota.
O grupo relembrou que a ditadura de Maduro violou os Acordos de Barbados, firmados em outubro com participação dos Estados Unidos para a realização de eleições limpas na Venezuela ao proibir a observação eleitoral e prender observadores.
Assim, segue a nota, um eventual segundo turno seria "um verdadeiro roubo aos direitos democráticos interamericanos, pois anularia a vontade popular já manifestada de forma inequívoca nas urnas em 28 de julho e ignoraria a derrota inquestionável da ditadura de Maduro, conforme corroborado pelos Relatórios Técnicos da Organização dos Estados Americanos e do Carter Center".
Os ex-chefes de governo concluem: "Se os referidos governos tolerarem os planos do ditador venezuelano e dos poderes públicos da sua coligação, comprometem o respeito pelo comportamento democrático universal e fazem-no perante as suas próprias nações".
Dentre os ex-chefes de governo que assinam a nota, estão Mario Abdo Benítez, do Paraguai; José María Aznar, da Espanha; Vicente Fox, do México; Mauricio Macri, da Argentina; Lenin Moreno, do Equador; Jorge Tuto Quiroga, da Bolívia; e Álvaro Uribe, da Colômbia.
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Comentários (1)
KEDMA
2024-08-15 17:36:47E o Biden ainda afirma que não tem nenhum problema de saúde sério. 🤔