Candidato pró-Trump vence 1º turno na Romênia
Nacionalista enfrentará candidato de sigla pró-governo; Premiê renunciou ao cargo

O deputado George Simion, candidato da Aliança para a Unidade dos Romenos (AUR), venceu o primeiro turno das eleições presidenciais da Romênia com 41% dos votos.
O nacionalista repetiu o sucesso do candidato pró-Rússia, Calin Georgescu, na eleição de dezembro.
No entanto, o pleito foi anulado pelo Tribunal Constitucional, que apontou interferência russa.
Em segundo lugar ficou o prefeito de Bucareste, Nicursor Dan, com 21% dos votos.
Ele superou Crin Antonescu, do Partido Nacional Liberal (PNL), sigla que lidera a coalizão com os social-democratas.
O adversário de Simion no segundo turno, contudo, tentou distanciar-se do atual governo.
"Não fiz parte da coalizão. Apresentei um programa, algumas ideias, e algumas pessoas votaram em mim. Peço a elas que decidam por si mesmas qual dos candidatos remanescentes está mais alinhado com as ideias que propus. Incentivo todos que votaram em mim hoje a comparecerem às urnas", afirmou.
Nas próximas semanas, Simion e Dan disputarão o segundo turno.
Nacionalismo
George Simion foi indicado para substituir Georgescu.
Ele não esconde a admiração pelo presidente de americano, Donald Trump, e se declara alinhado ao movimento MAGA (Faça a América Grande de Novo, em tradução).
Alinhado ao republicano, Simion concedeu uma entrevista ao ex-chefe estrategista da Casa Branca, Steve Bannon, na véspera da eleição.
"Concordamos TOTALMENTE com a ideologia MAGA . Somos um partido trumpista", afirmou, na véspera da eleição.
Simion também defende a redução do apoio militar à Ucrânia e o distanciamento do bloco europeu.
A Romênia é uma região estratégica na rota para o envio de armamentos ao país invadido pela Rússia.
Os rivais políticos acusam Simion de receber apoio do Kremlin.
No entanto, o nacionalista já afirmou ser favorável a sanções para punir a agressão russa.
Renúncia
Logo após a confirmação do resultado, o primeiro-ministro, Marcel Ciolacu, renunciou ao cargo.
"Propus aos meus colegas que deixássemos a coalizão governista, o que implicitamente leva à minha renúncia ao cargo de primeiro-ministro. Vimos como os romenos votaram ontem [domingo], o que significa que a coalizão governista não tem legitimidade, pelo menos não em sua forma atual", disse, em entrevista coletiva.
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