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    Brasileiros relatam situação em Rosário, cidade do Messi e epicentro da violência na Argentina

    Dos quase 100 mil brasileiros que vivem na Argentina, alguns moram na cidade de Rosário, na Província de Santa Fé, vive um pico de violência em março. Quatro civis foram assassinados por integrantes de gangues narcotraficantes em cinco dias ao longo da primeira semana do mês, contra sete homicídios no total de fevereiro e 17,...

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    Caio Mattos, De Buenos Aires
    6 minutos de leitura 17.03.2024 15:00 comentários 1
    Foto: Divulgação/ Prefeitura de Rosário, Argentina
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    Dos quase 100 mil brasileiros que vivem na Argentina, alguns moram na cidade de Rosário, na Província de Santa Fé, vive um pico de violência em março.

    Quatro civis foram assassinados por integrantes de gangues narcotraficantes em cinco dias ao longo da primeira semana do mês, contra sete homicídios no total de fevereiro e 17, em janeiro, na cidade de mais de 985.000 habitantes.

    A crueldade também impressiona. Um dos quatro assassinados de março, um frentista de 25 anos, foi baleado a queima roupa em segundos ao ser abordado por volta da 0h de sábado retrasado, 9 de março.

    A cena foi gravada por uma câmera de segurança e repercutiu no noticiário e na internet como símbolo do atual pico de violência na cidade natal de Lionel Messi.

    Segundo as investigações da polícia, as gangues narcotraficantes da cidade, infames no país pelo seu grau de violência, encomendaram os assassinatos para aterrorizar a população.

    Trata-se de uma resposta do crime organizado à política penitenciária do governo provincial de Maximiliano Pullaro, eleito em 2023, que tem restringido visitas pessoais e combatido o uso de celulares nos presídios.

    O que relatam os brasileiros da violência em Rosário?

     

    Crusoé conversou com quatro brasileiros que moram em Rosário. Todos relataram preocupação com o cenário atual.

    "Tenho estado meio apreensiva esses dias. Você sai na rua e fica meio assustado. Você vê alguém que até então você não tinha prestado atenção. E você fica achando 'será que ela vai querer me assaltar?'", diz Leticia Assunção, de 33 anos, natural de Salvador, Bahia.

    Ela se mudou em junho de 2023 e mora na região sul de Rosário, onde ocorreram dois dos quatro assassinatos da primeira semana de março.

    Apesar da criminalidade se concentrar nas regiões periféricas da cidade, em especial no sul e no oeste, o clima de insegurança se espalha pela comunidade brasileira de Rosário.

    "A gente vê, nos grupos de Facebook de brasileiros, moradores de Rosário alertando sobre assaltos", diz Alexandre Lima, de 39 anos, que trabalha produzindo conteúdo sobre a vida na Argentina para canal próprio no Youtube.

    Natural de Pacatuba, Ceará, ele mora na região central de Rosário com a esposa, Michelle, também cearense. O casal vive na cidade desde 2018, quando ele veio estudar medicina na Universidad Nacional de Rosario.

    "Os brasileiros publicam nos grupos mensagens como: 'Teve uma pessoa que foi assaltada na região tal... entre as ruas tal e tal, teve um assalto... a pessoa foi ferida na rua tal e tentaram assaltar...'. Não víamos isso com tanta frequência", acrescenta Lima.

    Uma brasileira que presenciou um assalto recentemente é Stefane Oliveira, de 31 anos, natural de Fortaleza, Ceará, e também moradora da região central de Rosário.

    "Talvez faz um mês, eu vi um senhor estava na cafeteria. Passou um cara de moto e sacou o telefone da mão dele", afirma a profissional de TI, que se mudou para Rosário em 2022.

    Acervo Pessoal
    Alexandre Lima e Michelle, brasileiros moradores de Rosário, na Argentina. Foto: Acervo Pessoal
    Acervo Pessoal
    Leticia Assunção, brasileira moradora de Rosário, na Argentina. Foto: Acervo Pessoal
    Acervo Pessoal
    Stefane Oliveira, brasileira moradora de Rosário, na Argentina, no Rio Paraná, que contorna a cidade. Foto: Acervo Pessoal.

    O que relatam os brasileiros da situação nas ruas de Rosário?

     

    O pico de violência no início de março esvaziou as ruas de pedestres, que voltam, aos poucos, a tentar retomar a vida cotidiana.

    "Eu não vi ninguém na rua quando fui trabalhar no dia que assassinaram o frentista, no sábado. Era um deserto. Foi assustador. Nunca tinha presenciado algo como isso", diz Assunção, que trabalha em um kiosco, um mercadinho 24 horas. Ela era enfermeira no Brasil e busca revalidar o diploma na Argentina.

    "Agora, as pessoas estão saindo na rua, mas estão apreensivas. Ontem, voltando para casa, eu tive a impressão de que um rapaz que me acompanhava tentava me assaltar", acrescenta a baiana.

    O que contribuiu também para o vazio nas ruas na semana dos assassinatos foram paralisações dos ônibus e dos taxistas, categorias atingidas diretamente pelos assassinatos.

    Dentre os quatro mortos, estão, além do frentista, um motorista de ônibus e dois taxistas.

    Assunção precisou gastar mais dinheiro com caronas por aplicativos de transporte para poder ir ao trabalho.

    A mesma inconveniência passou com a estudante de medicina Gessica Campos, natural de Araguaína, Tocantins. Em Rosário desde 2023, ela trabalha em um salão de beleza no turno da noite.

    "Você não pode andar sozinha na noite, de madrugada. Tenho que estar sempre alerta", diz Campos.

    A tocantinense também teve as aulas na faculdade de medicina suspensas. Ela está no primeiro ano do curso.

    Na contramão dos pedestres e do transporte urbano, o efetivo policial nas ruas de Rosário aumentou com o avanço da violência.

    "Nunca tinha visto tão policial quanto eu vi ontem e hoje na rua. O policial parou o ônibus, fotografou o motorista e a viagem seguiu. Você fica 'por que as coisas não estão normais? Será que está acontecendo algo e a gente não está sabendo?'", diz Assunção.

    Campos relata ter visto um blindado do exército e maior presença de policiais e revistas, além de a polícia da cidade ter instalado um posto no bairro ainda em fevereiro.

    Os brasileiros acham Rosário insegura?

     

    Veterano na comunidade brasileira em Rosário, Alexandre Lima, o youtuber que veio estudar medicina em 2018, acredita que a cidade sempre foi violenta mas nunca de maneira tão clara.

    "Sempre existiu violência, mas é a primeira vez que a gente vê essa situação tão descaradamente na cara de todo mundo. A gente nunca teve uma sensação de insegurança tão grande", diz Lima.

    Apesar da violência acima da média para padrões argentinos, pelo menos alguns brasileiros ainda se sentem mais seguros em Rosário do que no Brasil.

    "A gente anda a pé em Rosário. Em Fortaleza, a gente não teria coragem. A gente pegaria um Uber", diz Lima sobre a sua experiência morando na capital cearense.

    Stefane Oliveira, a profissional de TI vinda de Fortaleza, concorda com o conterrâneo.

    Natural de Salvador, Leticia Assunção também se sente assim: "Eu acho aqui mais seguro do que onde eu morava em Salvador, que também era em um bairro periférico".

    Os números confirmam a impressão desses brasileiros.

    A taxa de homicídios em Rosário foi de 19,84 para cada 100 mil habitantes em 2023, segundo dados oficiais da província de Santa Fé.

    Os dados das capitais brasileiras mais recentes, compilados pelo Anuário Brasileiro da Segurança Pública, são de 2022.

    Naquele ano, a taxa de homicídios em Fortaleza foi de 35,9 por 100 mil habitantes e em Salvador, de 66.

    A capital brasileira com índice mais próximo ao de Rosário foi o Rio de Janeiro, com 21,2 por 100 mil habitantes.

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    Comentários (1)

    marta regina salom�o prates

    2024-03-18 14:27:45

    Nunca vi tanto argentino aqui em Alegrete RS, a maioria mora na rua. A violência aumentou, por mim estava em São Paulo.


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    Comentários (1)

    marta regina salom�o prates

    2024-03-18 14:27:45

    Nunca vi tanto argentino aqui em Alegrete RS, a maioria mora na rua. A violência aumentou, por mim estava em São Paulo.



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