Brasil pede que se evite corrida armamentista na guerra entre Rússia e Ucrânia
Comunicado conjunto com Chile, Colômbia e México ocorre após uso de novas armas por Kiev
O governo brasileiro emitiu nesta quarta, 20, um comunicado conjunto com Chile, Colômbia e México condenando a possibilidade de uma corrida armamentista na guerra entre Rússia e Ucrânia.
"Os governos de Brasil, Chile, Colômbia e México fazem uma conclamação urgente a que se evitem ações que escalem a corrida armamentista e agravem o conflito entre a Federação da Rússia e a Ucrânia. Instamos todas as partes envolvidas a cumprir com os seus compromissos internacionais e a privilegiar o diálogo e a busca da paz nessa região", diz o texto.
O comunicado ocorre um dia após a Ucrânia disparar, pela primeira vez, mísseis de longo alcance fornecidos pelos Estados Unidos contra a Rússia.
Nesta quarta, 20, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky agradeceu nas redes sociais o apoio militar americano.
"Os Estados Unidos anunciaram um novo pacote de suporte no valor de 275 milhões de dólares. Ele inclui drones, munição para HIMARS e artilharia e — criticamente — minas essenciais para deter os ataques russos. Isso fortalecerá significativamente nossas tropas nas linhas de frente. É o 70º pacote de defesa dos Estados Unidos. A Ucrânia valoriza profundamente o apoio bipartidário dos Estados Unidos e a decisão do presidente Biden. Somos gratos por estarem conosco", disse Zelensky em vídeo.
Storm Shadow
Nesta quarta, 20, a Ucrânia lançou uma série de mísseis de cruzeiro britânicos Storm Shadow contra alvos na Rússia.
O movimento marca a introdução do mais recente armamento ocidental que o país tem permissão para usar em território russo, seguindo o lançamento dos mísseis americanos ATACMS, no dia anterior.
Os ataques foram amplamente relatados por correspondentes de guerra russos através do aplicativo Telegram.
Moscou já havia alertado que o uso de armamentos ocidentais para atingir território russo distante da fronteira representaria uma significativa escalada no conflito.
Ataque russo
O apoio militar ocidental aumentou após vários ataques russos de grandes proporções contra a capital Kiev e outras cidades ucranianas, nas últimas duas semanas.
O regime comandado pelo ditador Vladimir Putin também está concentrando mais de 10 mil soldados norte-coreanos na região de Kursk, para lutar contra as forças ucranianas que invadiram a Rússia.
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