Bolsonaro terá maioria no Senado se repetir desempenho de 2022
Aliados do ex-presidente miram maioria para conseguir avançar com o impeachment de um ministro do STF a partir de 2027

Os aliados de Jair Bolsonaro concentram o foco na próxima eleição para o Senado, com a intenção de obter a maioria necessária para enfim poder abrir um processo de impeachment de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Se repetirem o desempenho da eleição de 2022, quando conseguiram 14 das 27 cadeiras em disputa, eles vão conseguir ultrapassar o número de 41 cadeiras, como mostra reportagem de capa da edição de Crusoé desta semana.
Com 16 senadores aliados assegurados, os bolsonaristas teriam de conquistar pelo menos 25 cadeiras das 54 em disputa em 2026, ou 46,3% das vagas, menos do que os 51,85% ocupadas em 2022.
Vai ter impeachment mesmo?
"Eles poderiam, portanto, conseguir a maioria de 41 senadores até com um desempenho pior do que na última eleição. Para de fato tirar um ministro do STF do cargo, contudo, os bolsonaristas precisariam de 54 votos, dois terços do Senado, o que demandaria uma eficiência de 70% na eleição do próximo ano", diz a reportagem, que faz uma outra ponderação:
"Mas a mera possibilidade de abertura de um processo de impedimento já poderia ser usada como moeda de negociação para anistiar Bolsonaro— Flávio disse, nesta semana, que um indulto ao pai também deveria contemplar Moraes, mas o ministro do STF só teria motivo para ser anistiado se tivesse algo a perder, como o cargo."
Jair Bolsonaro (foto) esteve em Goiás nesta semana. Antes de passar mal e ter de interromper a agenda na sexta-feira, 20, o ex-presidente tratou das perspectivas eleitorais no estado governado por Ronaldo Caiado (União).
Candidaturas
O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) e o vereador de Goiânia Major Vitor Hugo (PL) disputam a indicação do partido de Bolsonaro para concorrer ao Senado.
E é preciso definir ainda se o PL disputará o governo de Goiás ou vai se unir ao grupo de Caiado, que deve lançar a candidatura do vice-governador Daniel Vilela (MDB).
Na passagem por Goiás, Bolsonaro voltou a mencionar diretamente seu plano para o Senado.
"Passamos décadas de joelhos, décadas aceitando a esquerda crescer, ocupar cadeiras vazias, e chegar aonde chegou, apoderando[-se] não apenas de universidades, apoderando[-se] de todo o governo brasileiro. Dá para mudar? Dá para mudar. Que que eu tenho dito? Me dê 50% da Câmara e 50% do Senado que eu mudo o destino do Brasil", discursou o presidente na Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia na noite de quinta-feira, 19.
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