Bolsonaro defende que seja extraída do vídeo 'a parte que interessa ao inquérito'
O presidente Jair Bolsonaro (foto) defendeu nesta segunda-feira, 11, que sejam extraídos do vídeo da reunião interministerial de 22 de abril os trechos relacionados ao inquérito que investiga sua interferência na Polícia Federal. O chefe do Planalto argumentou que “não seria justa” a divulgação de outras partes da gravação, com aquelas que envolvem a discussão...
O presidente Jair Bolsonaro (foto) defendeu nesta segunda-feira, 11, que sejam extraídos do vídeo da reunião interministerial de 22 de abril os trechos relacionados ao inquérito que investiga sua interferência na Polícia Federal. O chefe do Planalto argumentou que “não seria justa” a divulgação de outras partes da gravação, com aquelas que envolvem a discussão de política externa.
O encontro foi citado pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro em depoimento. De acordo com o ex-juiz da Lava Jato, na reunião, Bolsonaro cobrou relatórios de inteligência e exigiu a substituição do superintendente do Rio, além de ameaçá-lo de demissão, assim como o então-diretor-geral da PF, Maurício Valeixo. O relator do processo no Supremo Tribunal Federal, ministro Celso de Mello, determinou a entrega do vídeo e o recebeu na última sexta-feira, 8.
Bolsonaro pediu “responsabilidade” dos Poderes envolvidos no processo. “O que eu espero que aconteça, que deve acontecer numa normalidade, é extrair do vídeo a parte que interessa ao inquérito. Para saber se houve alguma interferência minha na Polícia Federal ou não”, pontuou. “O restante… Eu tratei de política internacional. Não é justo alguém achar que deve divulgar isso aí, porque, obviamente, você trata isso de maneira bastante clara naquela reunião, porque não deve haver segredo entre nós. Logicamente, aquilo que foi tratado, caso fosse numa conferência, num evento, não seria tratado daquela forma bruta, seria de uma forma mais polida.”
O presidente acrescentou que, na sua percepção, o governo não precisaria fornecer a gravação, “porque não é um vídeo oficial”. “Mas para comprovar que nada devemos no tocante ao inquérito… Agora, é igual você em reunião de pauta. Falam muita coisa. Agora, se você responder por ter falado muita coisa numa reunião de pauta com 15, 20 pessoas não tem cabimento. Não é um depoimento público que aconteceu ali, é reservado. Filmou-se, como sempre, para aproveitar algumas imagens”, complementou.
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