Bolsonaro ataca CPI, mas silencia sobre denúncias de cobrança de propina
Um dia após relatos sobre cobrança de propina em meio às negociações pela compra da Covaxin e da AstraZeneca, o presidente Jair Bolsonaro (foto) mirou a artilharia na CPI da Covid, mas silenciou sobre as denúncias. Em um discurso durante a cerimônia de inauguração da Estação Radar de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul,...
Um dia após relatos sobre cobrança de propina em meio às negociações pela compra da Covaxin e da AstraZeneca, o presidente Jair Bolsonaro (foto) mirou a artilharia na CPI da Covid, mas silenciou sobre as denúncias.
Em um discurso durante a cerimônia de inauguração da Estação Radar de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, o presidente referiu-se aos senadores do G7, que adotam posicionamento político de independência ou oposição, como "bandidos".
"Satisfação de ter ao nosso lado pessoas comprometidas com o futuro da sua pátria. Não conseguem nos atingir. Não vai ser com mentiras ou com CPI, integrada por sete bandidos, que vão nos tirar daqui", disse.
O presidente, porém, não fez comentários sobre as novas denúncias levadas a público pelo deputado Luis Miranda, do DEM do DF. Em entrevista exclusiva a Crusoé, o parlamentar contou ter recebido uma proposta de pagamento de propina de Silvio Assis, que, segundo o relato, falou em nome da Precisa Medicamentos. A proposta supostamente aconteceu enquanto o congressista se deslocava para o carro, após uma reunião na casa do lobista que contou com a presença do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros.
A conversa teria ocorrido em maio, tempos depois de o deputado e o irmão dele e servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda, levarem a Bolsonaro suspeitas sobre a prática de corrupção na compra da Covaxin, desenvolvida pelo laboratório indiano Bharat Biotech, que tem a Precisa como intermediária no Brasil. Na reunião, realizada no Palácio da Alvorada, em 20 de março, Bolsonaro citou o nome de Barros ao ouvir sobre os indícios de irregularidades, conforme o parlamentar.
O chefe do Planalto também não se manifestou sobre o caso de um representante de uma vendedora de vacinas que acusa Roberto Ferreira Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, de ter cobrado propina de 1 dólar por dose em troca de um contrato para a compra de imunizantes, como noticiou o jornal Folha de S.Paulo na noite de ontem. Depois da publicação da reportagem, Ferreira Dias foi exonerado.
Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que diz falar em nome da empresa Davati Medical Supply, afirma que a exigência ocorreu em um jantar no restaurante Vasto, localizado no Brasília Shopping, em 25 de fevereiro. À época, a empresa havia buscado o ministério para negociar a venda de 400 milhões de doses da vacina AstraZeneca.
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Comentários (7)
Afranio
2021-07-02 08:42:43Acho que a exposição da verdade deveria ser obrigação no trabalho jornalístico. Essa revista trabalha dia e noite pra desgastar a imagem do Presidente de forma descarada. Sei que não existe santo na Política nem na Justiça do Brasil. Mas, Examine o tema dessa publicação, Uma insinuação contra o Presidente com base em investigações comandadas por Renan Calheiros e Omar Azis, grandes personalidades! Rsrsrs
Gildo
2021-06-30 23:22:40Tristemente, constatamos que o Bolsopetismo é água suja da mesma lama
José
2021-06-30 15:31:43Se apertar vai sair Barros para todo lugar…
Frederico
2021-06-30 15:25:17Parabéns Crusoé! Vamos em frente
Jose
2021-06-30 15:24:02Huuuuum, a bonequinha do Bozo está nervosa. O fim está chegando. A Papuda te aguarda genocida delinquente.
Ruy Eduardo Seligmann
2021-06-30 15:14:47A CRUSOÉ TEM QUE MANTER A SUA LINHA DE CONDUTA ISENTA . É O ÚNICO SEMANÁRIO QUE PASSA SEGURANÇA AO LEITOR. ISENTA ESTA É A POSIÇÃO
Eduardo
2021-06-30 15:06:18Presidente fraco despreparado desequilibrado negacionista centrão no poder e corrupção imperando