Barroso permite participação de cinco partidos em julgamento sobre federações
O ministro Luís Roberto Barroso (foto), do Supremo Tribunal Federal, autorizou nesta terça-feira, 1º, a participação de cinco partidos no julgamento em que o plenário avaliará a constitucionalidade das federações, mecanismo que permite a união de siglas para a disputa das eleições, desde que elas permaneçam coligadas por pelo menos quatro anos. Na condição de...
O ministro Luís Roberto Barroso (foto), do Supremo Tribunal Federal, autorizou nesta terça-feira, 1º, a participação de cinco partidos no julgamento em que o plenário avaliará a constitucionalidade das federações, mecanismo que permite a união de siglas para a disputa das eleições, desde que elas permaneçam coligadas por pelo menos quatro anos.
Na condição de “amicus curiae” – “amigo da corte”, em latim – os partidos poderão se manifestar antes de os ministros proferirem os votos e, portanto, suas ponderações serão consideradas pelo Supremo durante a análise da questão. O julgamento está previsto para esta quinta-feira, 3.
Barroso permitiu o ingresso na ação direta de inconstitucionalidade de PCdoB, PV, PT e PSB, que negociam uma ampla federação de esquerda, e do Cidadania, que cogita unir-se a PSDB, Podemos ou PDT. O ministro levou em consideração "a relevância da matéria e a representatividade das entidades". O relator do processo, porém, fez uma ponderação. Recomendou que as agremiações "se articulem entre si, para que as sustentações orais não fiquem excessivamente fragmentadas".
Em dezembro do ano passado, Barroso, em decisão liminar, validou o modelo das federações. No entanto, o ministro equiparou o prazo de criação das coligações ao da instituição dos partidos que pretendem participar das eleições gerais, fixando a data-limite no início de abril. Depois disso, o Tribunal Superior Eleitoral reduziu o prazo para 1º de março.
Todas as cinco siglas que, agora, passam a participar da ação são favoráveis às federações. Entendem, porém, que o STF deve estender o prazo para a instituição dos grupos. O PT pediu na semana passada que, ao menos para as eleições de 2022, a data-limite seja fixada em 5 de agosto.
Após a decisão de Barroso, o Progressistas, de Ciro Nogueira, também pediu para ingressar no processo como “amicus curiae”. O ministro ainda não analisou a petição. Nela, a sigla declarou ser contra as federações.
O Progressistas ainda defendeu que, caso o STF reconheça a constitucionalidade da lei, ao menos barre o aumento do prazo para a instituição das federações. Se a data-limite for adiada, argumenta a legenda, a concretização das uniões acontecerá depois do fim do prazo para a filiação de políticos.
"Existe o risco de aquele candidato não concordar com a federação realizada pelo partido, seja por não concordar com a ideologia, com os valores ou
princípios do outro(s) partido(s) da federação, seja porque não quer ser
ligado a outro partido senão aquele ao qual se filiou", pontuou.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (7)
Waldemar
2022-02-03 08:19:22Judiciário vai legislar, estranho.Está sendo ressuscitada a coligação.Mais um passa moleque no eleitor é um mecanismo para acesso ao poder pela propaganda e pelo dinheiro publico que será gasto para isso, da ordem de centenas de milhões.A lei eleitoral, dos partidos, da organização do legislativo e do judiciário, devem ser mudadas, preservando a democracia e a liberdade, mas instaurando a ética, moralidade e autonomia. Os partidos devem viver de seus filiados e só.
FRANCISCO AMAURY GONÇALVES FEITOSA
2022-02-02 08:40:19a pior politicagem de nossa história levou o pais ao lixo ... e o pior ainda pode estar por vir.
Clarice
2022-02-02 07:25:00A corte legislando !!! Que bagunça este país mesmo ! Tudo sendo decidido ao sabor da ocasião e dos interesses e não do povo e da democracia real! E será financiado com $ dos contribuintes ! Grande farra para abocanhar o poder por manipulação!
João
2022-02-02 07:06:59já que o funcionamento eleitoral é feito, no grosso, com dinheiro público deveria apenas ter 4 partidos. um partido de diteita, um partido de centro direita, partido de centro esquerda, e um partido de esquerda.
JO EL
2022-02-01 18:32:50Isso mesmo, o que deve acontecer pra acabar com esta mamata de dezenas de partidos politicos que se formam so pra comerem nosso dinheiro via fundos eleitorais, se faz necessario fazer valer a clausula de barreira e limitar o numero de partidos em no maximo 10. Como esta fica patente a roubalheira para sempre. NEM PASSADO, NEM PRESENTE, MORO PRESIDENTE. JAIR caindo fora.
Rubens
2022-02-01 17:50:05Cem comentários, ou sem mesmo entender , Duzentos argumentam .e Trezentos contradizem. Falatório Geral é assim mesmo
Ivan
2022-02-01 17:43:10Coligações, federações... tudo artifícios pra garantir sobrevida de partidos nanicos e fisiológicos. Temos que implantar cláusula de barreira já pra diminuir o número de partidos, isso sim.