Auxílio Brasil permanente vira exigência de senadores para PEC dos Precatórios
O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra, do MDB, deve apresentar seu relatório da PEC dos Precatórios na Comissão de Constituição e Justiça nesta quarta-feira, 24. O texto final será costurado até a última hora, a depender da disposição dos colegas em referendar ou não a proposta do governo. As articulações dos próximos dias...
O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra, do MDB, deve apresentar seu relatório da PEC dos Precatórios na Comissão de Constituição e Justiça nesta quarta-feira, 24. O texto final será costurado até a última hora, a depender da disposição dos colegas em referendar ou não a proposta do governo. As articulações dos próximos dias serão o termômetro para Bezerra decidir se brigará pelo aval à proposta que passou pela Câmara, ou se fará mudanças capazes de angariar o apoio necessário à aprovação. Entre os parlamentares, há pelo menos uma exigência inegociável: de que o Auxílio Brasil seja um programa permanente.
Nos últimos dias, cresceu no Senado a resistência ao texto original da PEC, que prevê uma burla ao teto de gastos e um calote nos devedores de precatórios, para viabilizar propostas eleitoreiras de Jair Bolsonaro, como o Auxílio Brasil de 400 reais com validade de apenas um ano e o reajuste de servidores públicos.
Os senadores Oriovisto Guimarães, do Podemos, Alessandro Vieira, do Cidadania, e José Aníbal, do PSDB, apresentaram uma proposta alternativa que imediatamente ganhou apoio de parlamentares independentes e de oposição. A PEC dos três parlamentares limita a 90 bilhões de reais as despesas fora do teto de gastos e não altera as regras que restringem as despesas públicas. Também extingue as chamadas emendas de relator, que estão no centro do orçamento secreto, e torna permanente o programa Auxílio Brasil, como quer a maioria dos senadores.
É grande a expectativa no Senado pelo relatório de Fernando Bezerra. Hoje, a aposta é de que o líder do governo vai ceder e incluirá ao menos parte das modificações propostas na PEC alternativa em seu relatório. Bezerra só tentará aprovar a versão original caso tenha certeza da aprovação do texto.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, elogiou nesta segunda-feira, 22, as sugestões de transformar o Auxílio Brasil em política permanente. “Me pareceu uma ideia inteligente e interessante”, afirmou. Caso Fernando Bezerra não acolha essa proposta em seu relatório, o tema pode ser destaco e votado diretamente em plenário.
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Comentários (5)
Waldemar
2021-11-23 08:10:11Tornar o auxílio permanente é uma faca de dois gumes.Basta observar o comportamento de vários cidadãos com capacidade de viver por seu trabalho honesto e que preferem viver mal , mas no total ócio.Isto já acontecia no Bolsa Família,com valor menor.Existem brasileiros que precisam sim de ajuda e por mais de um ano,não se discute.Porém a sanha de poder vai gerar um ambiente irrecuperável, pois não há estímulo ao esforço e tornará milhões dependentes do Tesouro e da exploração da classe média.
Odete6
2021-11-22 23:52:19E incrível o tipo de motivação que os move: eles próprios. Não pensam em nada puramente concernente ao país que sustenta suas vidas nababescas e medíocres. Não têm programas nem diretrizes. Só agem convenientemente pelas razões do jogo de chantagem mútua.
PAULO
2021-11-22 18:54:261- Qdo se discute algo tão sério qto à pobreza apenas com o viés eleitoreiro, não se consegue nenhum avanço expressivo. O PT colocou o Bolsa Escola e outros debaixo do guarda-chuva Bolsa Família. Agora o Bolsonaro busca aumentar o valor, criando a marca Auxílio Brasil. A discussão no que se refere se deve os não ser temporário, é ridícula, atitude de quem não conhece o quadro geral. Um amigo meu tem um sítio, e reclama comigo que não encontra ninguém p/ trabalhar em período integral.
MARCOS
2021-11-22 17:12:23Que a boa política vença sempre! É utopia?
MARCELO VALENTE MOURA
2021-11-22 16:07:38Boa política X velha política