Ativistas iranianos clamam por democracia e fim da opressão
Os ativistas enfatizam a necessidade de um "novo" Irã onde a população possa ter controle sobre seu próprio destino

Um grupo de mais de uma dúzia de proeminentes ativistas no Irã (conferir nomes no fim da matéria) lançou um apelo contundente pedindo o término da opressão e a transição para um governo democrático no país.
O movimento, que vem ganhando força em meio a uma das fases mais críticas da história iraniana, destaca a insatisfação crescente da população com o regime atual.
A atual situação no Irã é considerada uma das mais delicadas até hoje, especialmente após as recentes tensões com Israel e os Estados Unidos, que expuseram as fraquezas do governo.
A percepção entre muitos iranianos é de que o regime brutal não apenas falhou em proteger seus cidadãos, mas também em garantir direitos fundamentais e liberdades.
Os ativistas enfatizam a necessidade de um "novo" Irã onde a população possa ter controle sobre seu próprio destino.
Eles destacam que a solução para a crise atual reside na validação do direito do povo à autodeterminação, ressaltando que esse caminho deve ser trilhado sem concessões ao regime autoritário ou dependência de potências estrangeiras.
O chamado inclui a realização de um referendo livre e transparente sob supervisão de instituições internacionais independentes, além da convocação de uma assembleia constituinte para estabelecer as bases de um governo nacional inclusivo e um processo de transição democrática.
Os signatários afirmam que o Irã está em um ponto crucial, enfrentando desafios estruturais internos e externos agravados por uma ordem global injusta. Essa realidade impõe à sociedade iraniana a responsabilidade histórica de lutar pela liberdade e pela preservação dos direitos civis.
O apelo também critica a política militar dos EUA e de Israel, classificada como agressiva sob a perspectiva do direito internacional.
Os ativistas expressam preocupação com as consequências dessa postura bélica, que, segundo eles, continua a ameaçar a soberania do Irã e piorar as condições de vida da população.
A situação econômica do país foi severamente impactada pelas escolhas políticas voltadas para o desenvolvimento nuclear, gerando conflitos internos e externos.
Os líderes atuais têm priorizado esse programa nuclear em detrimento das necessidades básicas da população, resultando em danos sociais e psicológicos significativos.
A retórica agressiva contra Israel e as táticas militarizadas do governo estão sendo repudiadas pelos ativistas, que exigem o fim dessa abordagem. Além disso, eles criticam a opressão sistemática de diversos grupos sociais no Irã, incluindo mulheres, estudantes e minorias religiosas.
Os ativistas pedem ainda a libertação de prisioneiros políticos e manifestantes pacíficos, bem como o fim da aplicação indiscriminada da pena de morte como ferramenta de repressão. A defesa da liberdade de expressão e do direito à manifestação são centrais nas suas reivindicações.
Considerando os perigos iminentes que cercam o Irã, eles fazem um apelo enfático à mobilização social em prol da mudança democrática.
Reconhecendo que regimes autoritários raramente promovem referendos espontaneamente, eles convocam todas as entidades civis e políticas independentes a se unirem nesse esforço.
A proposta é criar espaços para diálogos públicos, assembleias populares e resistência não violenta como formas de preparar o terreno para a autodeterminação do povo iraniano.
O desejo é que chegue o dia em que a liberdade prevaleça no país, garantindo um futuro promissor para o Irã e sua população.
Signatários
Os signatários desse apelo pela democracia no Irã são: Abolfazl Ghadyani, Parastou Forouhar, Hatam Ghaderi, Hossein Razzagh, Saeed Madani, Sedigheh Vasmaghi, Abbas Sadeghi, Abdollah Momeni, Abdolfattah Soltani, Ataollah Shirazi, Mohammadreza Faghihi, Mohammad Seifzadeh, Manzar Zarrabi, Mehdi Mahmoudian, Narges Mohammadi, Nasrin Sotoudeh
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Comentários (2)
Rosa
2025-07-17 12:23:09Espero que não.......
MARCOS
2025-07-17 11:47:57ESSES ATIVISTAS RESIDEM NO IRÃ?