Atentado a Bolsonaro: Adélio agiu sozinho e não houve mandantes, conclui PF
A Polícia Federal concluiu, em um novo inquérito, que não houve mandantes para a facada no presidente Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018. Conforme Crusoé antecipou ainda na semana passada, o novo relatório aponta que Adélio Bispo de Oliveira (foto) agiu sozinho, por iniciativa própria e sem ajuda de terceiros, tendo sido responsável tanto...
A Polícia Federal concluiu, em um novo inquérito, que não houve mandantes para a facada no presidente Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018. Conforme Crusoé antecipou ainda na semana passada, o novo relatório aponta que Adélio Bispo de Oliveira (foto) agiu sozinho, por iniciativa própria e sem ajuda de terceiros, tendo sido responsável tanto pelo planejamento da ação criminosa, quanto por sua execução.
O relatório foi produzido pelo delegado Rodrigo Morais, que foi chamado a Brasília nesta quinta-feira, 14, para fazer uma apresentação sobre o caso ao diretor-geral da Polícia Federal, Rolando Alexandre de Souza, e ao ministro da Justiça, André Mendonça. Segundo o documento, não foram comprovadas a participação de partidos políticos, facções criminosas, grupos terroristas ou paramilitares em qualquer das fases do crime.
O inquérito analisou todo o material apreendido com Adélio Bispo, entre eles, um computador portátil, aparelhos celulares e documentos. Foram objetos de perícia 2 terabytes de arquivos de imagens, 350 horas de vídeo, 600 documentos e 700 gigabytes de volume de dados de mídia, além de 1200 fotos. Os policiais elaboraram 23 laudos periciais, entrevistaram 102 pessoas em campo e ouviram 89 testemunhas no inquérito.
Também foram realizadas diligências de busca e apreensão, quebras de sigilos fiscais, bancários e telefônicos. Durante a investigação, foram analisados ainda mais de 40 mil e-mails recebidos e enviados em contas registradas por Adélio Bispo. Vídeos e teorias sobre suposta ajuda recebida por Adélio no momento do atentado, veiculadas em redes sociais, também foram periciadas. Nenhuma das diligências, contudo, apontou informações relevantes.
Como Crusoé noticiou na semana passada, a conclusão do relatório foi antecipada pelo delegado responsável em razão das recentes declarações do presidente, que, ao falar sobre a saída de Sergio Moro do governo, mais uma vez reclamou do trabalho da PF na apuração do crime. Bolsonaro há tempos se mostra insatisfeito com a apuração. Apesar de não haver elementos nesse sentido, ele insiste na tese de que há outras pessoas por trás do atentado.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)