As intenções de Putin ao ameaçar atacar os EUA
Rússia está em um bom momento na invasão da Ucrânia e aguarda a posse de Trump. Não há motivos para iniciar uma guerra global
O presidente da Rússia, Vladimir Putin (foto), gravou um vídeo nesta quinta, 21, ameaçando disparar armas contra países que fornecem armas para a Ucrânia.
"Acreditamos que temos o direito de utilizar nossas armas contra alvos militares nos países que permitem o uso de seus armamentos contra nossos territórios e, diante de uma intensificação das ações agressivas, responderemos com igual firmeza e da mesma maneira", disse Putin.
“A partir de agora, o conflito regional na Ucrânia provocado pelo Ocidente assumiu elementos de natureza global", disse Putin.
Nesta semana, os Estados Unidos e o Reino Unido autorizaram o uso pela Ucrânia de armas mais poderosas e de longo alcance em território russo.
Em bom momento
Há vários motivos para acreditar que Putin está apenas ameaçando e não pretende iniciar uma guerra global.
Em primeiro lugar, a Rússia está em um bom momento.
As Forças Armadas de Putin estão ganhando terreno na Ucrânia.
Além disso, Donald Trump venceu as eleições nos Estados Unidos.
Putin é simpático a Trump, que por sua vez admira o russo.
Em sua campanha, o republicano ameaçou reduzir o apoio militar à Ucrânia e falou em encerrar a guerra 24 horas após tomar posse, em 20 de janeiro.
Putin não teria por que estragar esse momento.
À espera de uma negociação
Uma vez que Trump prometeu que tentará um acordo para acabar com a guerra, Putin entendeu que precisa conquistar uma posição mais vantajosa em uma futura mesa de negociações.
Quanto mais poder e mais ameaças ele fizer agora, mais conseguirá extrair concessões dos seus adversários em um eventual acordo.
Um dos objetivos de Putin é obter um compromisso de que os ucranianos não irão aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte, a Otan.
Putin também quer que os soldados ucranianos que invadiram a região de Kursk se retirem, sem que ele tenha de abdicar das cidades que tomou à força no leste da Ucrânia.
Além disso, Putin busca impedir que outros países aumentem a ajuda militar para Ucrânia nas próximas semanas.
Com a iminência da posse de Trump, um crítico da Otan, países europeus entenderam que este era o momento de atuar mais em defesa de Kiev.
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Comentários (2)
Alexandre Ataliba Do Couto Resende
2024-11-22 14:37:50Definitivamente ou estamos acompanhando guerras muito diferente ou há um viés claramente Russete na afirmação de que a Rússia está em um "bom momento" na guerra. As reservas econômicas Russas acabaram, conforme declaração da presidente do BC Russo e devem começar a emitir dinheiro o que deverá gerar inflação e mais juros estratosféricos. Não há mais reservas de pessoas, pois foram tantos avanços de carne que agora tem de contar com as tropas norte-coreanas. Os muito ataques de drones na infraestrutura ucraniana causam muito menos danos que os ataques as refinarias Russas. Os ataques nos depósitos de armamentos russos são frequentes. Não tem havido avanços na linha de frente e os que houveram não conquistou nada de determinante. O único bom momento que tem é o rato rugir e tentar negociar algo por ameaças.
Emerson H de Vasconcelos
2024-11-22 14:34:47Se todas estas concessões acontecerem é melhor a Europa e, depois, os USA aprenderem a falar russo.