Aras coloca três procuradores em inquérito que apura acusações de Moro
O procurador-geral da República, Augusto Aras (foto), designou três procuradores para acompanhar todas as diligências da Polícia Federal no inquérito que investiga as acusações do ex-ministro Sergio Moro sobre interferência política do presidente Jair Bolsonaro na PF. A indicação dos procuradores João Paulo Lordelo Guimarães Tavares, Antonio Morimoto e Hebert Reis Mesquita para o caso foi...
O procurador-geral da República, Augusto Aras (foto), designou três procuradores para acompanhar todas as diligências da Polícia Federal no inquérito que investiga as acusações do ex-ministro Sergio Moro sobre interferência política do presidente Jair Bolsonaro na PF.
A indicação dos procuradores João Paulo Lordelo Guimarães Tavares, Antonio Morimoto e Hebert Reis Mesquita para o caso foi feita em uma manifestação enviada por Aras nesta quinta-feira, 30, ao ministro Celso de Mello, relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal.
O decano da corte havia remetido os autos à PGR para manifestação sobre pedido do senador Randolfe Rodrigues, da Rede, para realização de busca e apreensão e perícia no celular da deputada federal Carla Zambelli, do PSL. Mensagens de Whatsapp apresentadas por Moro mostram a parlamentar pedindo para o ex-juiz aceitar a indicação de Alexandre Ramagem para o comando da PF em troca de uma nomeação para o STF.
Em sua manifestação, Aras afirmou que é "inadmissível a intervenção parlamentar" na investigação e a "legislação processual não contempla a legitimação de terceiros para a postulação de abertura de inquéritos ou de diligências investigativas relativas a crimes de ação penal pública".
Aras também reiterou a necessidade de colher o depoimento de Moro acerca das acusações de interferência de Bolsonaro na Polícia Federal. Celso de Mello determinou que a PF ouça o ex-juiz em até cinco dias.
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