Aqueles que acham que vídeo é xeque-mate cairão do cavalo, diz Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro (foto) minimizou nesta quinta-feira, 14, o conteúdo do vídeo da reunião interministerial de 22 de abril, citada pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro no processo que investiga a interferência do chefe do Planalto na Polícia Federal. “Aqueles que acreditaram que é o xeque-mate, ‘agora ele se ferrou’, ‘vídeo...
O presidente Jair Bolsonaro (foto) minimizou nesta quinta-feira, 14, o conteúdo do vídeo da reunião interministerial de 22 de abril, citada pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro no processo que investiga a interferência do chefe do Planalto na Polícia Federal. “Aqueles que acreditaram que é o xeque-mate, ‘agora ele se ferrou’, ‘vídeo avassalador’... Vocês vão cair do cavalo”, disse em transmissão ao vivo no Facebook.
Bolsonaro afirmou que, em toda a gravação, há somente dois trechos de 30 segundos que “interessam ao processo”. Contudo, o presidente repetiu que, ainda assim, de sua parte, autoriza a divulgação de 20 minutos, “até para ver dentro do contexto”. “O restante, a gente espera que haja sensibilidade do relator, porque é uma reunião reservada nossa”, argumentou, frisando que as demais partes tratam de soberania nacional, economia e segurança.
Ele voltou a declarar que não disse as palavras “superintendência” e “Polícia Federal” no encontro. “O que tem lá é quando eu falo da segurança. O que é segurança? Minha vida depois do acidente, né, ou melhor, da tentativa de homicídio… Eu sempre me preocupei mais com meus familiares e alguns amigos meus do que comigo mesmo”, emendou.
Nesta noite, a Advocacia-Geral da União pediu ao ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, a retirada de sigilo somente de trechos com falas do presidente na reunião de abril.
Na manifestação, o órgão transcreveu as declarações de Bolsonaro que, em seu entender, são pertinentes ao processo. Em uma delas, o presidente dispara: “Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro oficialmente e não consegui. Isso acabou. Eu não vou esperar f. minha família toda de sacanagem, ou amigo meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence à estrutura. Vai trocar; se não puder trocar, troca o chefe dele; não pode trocar o chefe, troca o Ministro. E ponto final. Não estamos aqui para brincadeira”, disse, segundo a degravação.
Apesar de Bolsonaro argumentar que se referia à segurança pessoal, feita pelo Gabinete de Segurança Institucional, pessoas que assistiram a gravação e a defesa de Moro asseguram que ele tratava da Superintendência da PF no Rio.
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