Aposentadoria de Barroso é vitória ou derrota no 'xadrez 4D'?

A aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, tem sido atribuída por bolsonaristas à atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que foi aos Estados Unidos com o objetivo declarado de provocar medidas do governo americano contra o Brasil, como o tarifaço e a Lei Magnitsky.

No X, o próprio deputado citou as sanções impostas pelo governo Trump ao comentar a aposentadoria de Barroso.

"O MINISTRO MAIS 'WOKE' SAIU.

Após ser sancionado e perder o visto americano, Barroso pediu para deixar o cargo. Autodeclarado progressista, Barroso admitiu com orgulho - e até ensinou outros - como reduziu a influência da direita nas redes sociais, ou seja, como censurou vozes conservadoras enquanto presidia o TSE. Recentemente, Mike Benz, durante audiência na CREDN, apresentou um vídeo em que Barroso explica como censurou centenas de perfis durante as eleições.

Alguns dizem que ele teme ser sancionado pela Lei Magnitsky Global."

O deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) escreveu no X: "EFEITO MAGNITSKY! Ministro Barroso sente a pressão das sanções de Trump e renuncia cargo no STF. Agora quem perdeu, né…?"

O senador Márcio Bittar (PL-AC) também mencionou a Lei Magnitsky:

"Fim de jogo para Barroso. A tentativa de se retirar para a sombra não vai funcionar. Os holofotes da justiça internacional são mais fortes. Aposentadoria não é salvo-conduto para quem viola direitos humanos. Magnitsky? já!"

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Vaga no STF

Enquanto os bolsonaristas relacionam a decisão de Barroso à Lei Magnitsky, o presidente Lula (PT) terá a chance de fazer a terceira indicação de ministro ao STF no atual mandato.

Em 2023, o petista indicou o advogado Cristiano Zanin para a vaga de Ricardo Lewandowski e o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino para o posto deixado por Rosa Weber.

Indicado por Dilma Rousseff em 2013, Barroso tem 67 anos. Por idade, ele só seria obrigado a se aposentar em março de 2033.

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