Após encontrar Bolsonaro, Maia ignora críticas e diz ter pedido adiamento do Enem
Momentos após visitar o Palácio do Planalto, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (foto), se recusou a comentar as críticas de Jair Bolsonaro, que o acusou de querer “afundar a economia para ferrar o governo” na manhã desta quinta-feira, 14, e afirmou que, no encontro com o chefe do Executivo, o “diálogo foi para manter...
Momentos após visitar o Palácio do Planalto, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (foto), se recusou a comentar as críticas de Jair Bolsonaro, que o acusou de querer “afundar a economia para ferrar o governo” na manhã desta quinta-feira, 14, e afirmou que, no encontro com o chefe do Executivo, o “diálogo foi para manter o diálogo”.
Maia contou que sua ida ao Planalto para conhecer o Centro de Coordenação de Operações, que centraliza as ações contra o coronavírus, estava agendada desde esta quarta-feira, 13. O convite, reiterado diversas vezes nas últimas semanas, conforme o deputado, partiu dos ministros da Casa Civil, general Braga Netto, e da Secretaria de Governo, general Luiz Ramos.
O presidente da Câmara acrescentou que, já no local, Bolsonaro o chamou para um café e os dois subiram ao gabinete para conversar. A reunião durou cerca de 30 minutos. “Disse a ele que nós deveríamos encontrar o ponto que nos une. Nós divergimos no isolamento, mas não vamos nos dividir. Conversamos sobre o momento, sobre como cada um vem enxergando essa crise."
Questionado mais de uma vez sobre os ataques de Bolsonaro, desferidos em uma videoconferência com empresários, o deputado declarou que seu papel é o de “construir pontes, diálogo e bons projetos”. “O que espero, quando aceitei fazer a visita aos ministros e esperava, claro, que isso terminasse com uma conversa com o presidente, é exatamente mostrar à sociedade brasileira que acima de críticas, divergências e conflitos, acima de tudo isso, está a população”, afirmou.
Maia ainda contou que, na reunião, pediu o adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, em razão da pandemia do novo coronavírus e relatou que Bolsonaro mostrou-se "muito sensível” à sugestão. “Ficou de avaliar e dar uma resposta”, contou. “Acho que é melhor uma solução que passe por uma decisão do presidente com diálogo com o parlamento do que uma decisão do parlamento de suspender por lei ou por decreto legislativo a decisão do governo de não adiar as provas.”
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