Após divergências, DEM e MDB deixam bloco liderado por Arthur Lira
O DEM e o MDB decidiram deixar o bloco parlamentar comandado pelo deputado Arthur Lira (foto), expoente do Centrão, pré-candidato à sucessão de Rodrigo Maia e visto como um "líder informal" do governo na Câmara. Com o desembarque, o número de parlamentares do grupo chefiado por Lira cai de 221 para 158. A ruptura é resultado, entre...
O DEM e o MDB decidiram deixar o bloco parlamentar comandado pelo deputado Arthur Lira (foto), expoente do Centrão, pré-candidato à sucessão de Rodrigo Maia e visto como um "líder informal" do governo na Câmara. Com o desembarque, o número de parlamentares do grupo chefiado por Lira cai de 221 para 158.
A ruptura é resultado, entre outros pontos, de divergências acumuladas há meses. O último descompasso aconteceu na semana passada, quando o parlamentar do Progressistas atuou para retirar a proposta de Emenda à Constituição do Fundeb da pauta da Câmara a pedido do Palácio do Planalto.
"Esse episódio do Fundeb gerou um ruído interno, até porque nós tínhamos a relatora, a deputada Dorinha Seabra Rezende. O pedido de retirada de pauta não tinha nossa concordância. Nossa saída simboliza a busca por autonomia", explicou a Crusoé Efraim Filho, líder do DEM na Câmara.
Ao deixar o bloco, regimentalmente, o DEM terá liberdade para apresentar os próprios requerimentos para acelerar votações ou postergar deliberações. "É uma forma de nos posicionarmos, de termos mais independência".
De acordo com o deputado, a formalização do rompimento deve ocorrer ainda nesta semana. "Vamos seguir sozinhos. A linha não é sair de um bloco para entrar em outro, mesmo porque isso poderia gerar situações e desentendimentos parecidos", emendou.
Nas redes sociais, Lira minimizou a separação. De acordo com o parlamentar, "é natural" que o bloco, formado para votar o orçamento de 2020, se desfaça. O deputado acrescentou que a ruptura deveria ter ocorrido em março, "o que não aconteceu por conta da pandemia".
https://twitter.com/ArthurLira_/status/1287816037946339328?s=20
"O bloco de partidos que é chamado de Centrão tem como objetivo manter o diálogo e a votação das pautas importantes para o país. O chamado bloco do centrão foi criado para formar a comissão de orçamento. Não existe o bloco do Arthur Lira", escreveu.
A movimentação mexe diretamente com eleição para o comando da Câmara. Maia, integrante do DEM, não apoia a candidatura de Lira para o posto. Dessa forma, o partido buscará viabilizar uma outra opção. O presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, é um dos cotados para a sucessão.
O emedebista comentou a ruptura nas redes sociais. "O MDB independente foi aprovado na convenção que me elegeu presidente do partido em 2019. Apoiamos o que acreditamos ser bom para o País. A presença do MDB no bloco majoritário da Câmara se devia às cadeiras nas comissões. Manteremos diálogo com todos. Somos #PontoDeEquilíbrio", pontuou Baleia Rossi.
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Comentários (7)
Silas
2020-07-29 16:32:10Tem q deixar não só centrão mas o governo tb !
Marci
2020-07-28 14:38:26E certamente em benefício do povo!!!!
Elaine
2020-07-28 12:23:21Todos muitíssimos interessados na presente “divisão” para melhor cacifar seus preferidos logo ali ! Quando então todos se dão as mãos pelo bem ..... de quem mesmo ? Sai um entra outro e tudo na mesma . A estas alturas só mesmo uma Constituinte exclusiva para por as coisas no trilho . Como está , continuaremos na contramão da história . Trágico .
Osmar
2020-07-27 19:19:48Isto com certeza só tem um propósito e alguém por tras... o botafogo e o ku lumbre
Alberto
2020-07-27 17:48:56Será que não tinha um melhor candidato para o governo Bolsonaro apoiar para a presidência da Câmara e ao mesmo tempo tê-lo como líder informal do governo na Câmara Federal ? Mas é como diz aquela frase originária do latim : "Igual com igual de apraz".
ARY
2020-07-27 17:15:07Bla bla bla bla bla bla. É topa tudo por dinheiro? É vc Lombardi? É por grana, vcs não brigam por outra coisa. Estão fazendo chantagem em algum ponto da pauta. Ō raça ruim!
ANTONIO
2020-07-27 16:30:25Todos componentes de um bando de corruptos que abdica de seus direitos/deveres constitucionais em favor da proteção um tanto quanto explícita do Judiciário (STF), sob o olhar complacente do Executivo.