AGU diz agora que governo pode entregar íntegra do vídeo, mas pede que PF separe 'elementos pertinentes'
Em um novo pedido nesta sexta, 8, o terceiro em uma semana, o advogado-geral da União, José Levi Mello, abriu a possibilidade de o governo entregar à Polícia Federal a íntegra do vídeo da reunião ministerial do dia 22, citada no depoimento do ex-ministro Sergio Moro. Mas o órgão sugere, agora, que a PF separe...
Em um novo pedido nesta sexta, 8, o terceiro em uma semana, o advogado-geral da União, José Levi Mello, abriu a possibilidade de o governo entregar à Polícia Federal a íntegra do vídeo da reunião ministerial do dia 22, citada no depoimento do ex-ministro Sergio Moro. Mas o órgão sugere, agora, que a PF separe "elementos que sejam pertinentes daqueles que não sejam pertinentes" à investigação do STF.
A nova manifestação é endereçada novamente ao ministro Celso de Mello, relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal.
"Realizada a extração do que é pertinente (pela autoridade policial designada por Vossa Excelência), bem assim feita a juntada aos autos, a União roga que seja igualmente definida a cadeia de custódia subsequente do material original", diz o AGU ao ministro.
A Advocacia-Geral da União havia solicitado, na quarta, 6, a reconsideração da decisão do ministro que mandava o material ser entregue em até 72 horas. Nesta quinta, 7, pediu que entregasse apenas trechos do vídeo. O argumento é de que, na íntegra da gravação, haveria "assuntos sensíveis e reservados de Estado".
O ministro Sergio Moro, por meio de seu advogado, rebateu o pedido da AGU, e sustentou que a íntegra da reunião ministerial deveria ser entregue ao STF.
Foi nesse encontro realizado no dia 22 de abril que, segundo o ex-ministro Sergio Moro, Bolsonaro cobrou o acesso a relatórios de inteligência da PF e a substituição do superintendente do Rio, ameaçando demitir Maurício Valeixo, então diretor-geral, e o próprio ministro da Justiça caso suas exigências não fossem atendidas.
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