Por que Adriano Pires desistiu de assumir o comando da Petrobras
O economista Adriano Pires (foto) comunicou ao Palácio do Planalto nesta segunda-feira, 4, que desistiu de assumir a presidência da Petrobras. O nome de Pires havia sido designado por Jair Bolsonaro para a sucessão do general Joaquim Silva e Luna, que passou a sofrer críticas no governo federal após sucessivos aumentos nos preços dos combustíveis....
O economista Adriano Pires (foto) comunicou ao Palácio do Planalto nesta segunda-feira, 4, que desistiu de assumir a presidência da Petrobras.
O nome de Pires havia sido designado por Jair Bolsonaro para a sucessão do general Joaquim Silva e Luna, que passou a sofrer críticas no governo federal após sucessivos aumentos nos preços dos combustíveis.
A indicação passaria pelo crivo do Conselho de Administração da estatal na próxima terça-feira, 13. Nos últimos dias, porém, Pires soube da resistência da área técnica da petrolífera e da possível rejeição de seu nome.
Um dos motivos de incômodo entre diretores e técnicos da Petrobras é a proximidade de Adriano Pires com o setor de gás, principalmente com o megaempresário Carlos Suarez, um dos fundadores da OAS. Como Crusoé revelou na última segunda-feira, 28, Pires se aproximou de importantes lideranças do Centrão, como o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o deputado baiano Elmar Nascimento, da União Brasil, em torno da defesa do segmento de gás.
A articulação ficou clara durante a tramitação da privatização da Eletrobras. Logo depois da aprovação da venda da estatal, com jabutis defendidos pelo Centrão e pelo próprio Pires, Lira intensificou as articulações para a queda do general Joaquim Silva e Luna do comando da Petrobras.
Sócio-fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires passou a ser visto no setor elétrico como um forte defensor dos interesses do segmento de gás natural, assim como os caciques do Centrão. O economista não revela a lista de seus clientes, mas fontes do setor apontam a atuação de Pires para a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado.
No domingo, o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, anunciou que desistiu da indicação para a presidência do Conselho de Administração da Petrobras. Crusoé mostrou que Landim poderia ser barrado pelo colegiado, já que não se enquadra nas regras da Lei das Estatais. A proximidade do engenheiro com o setor de gás é outro fator que explica a desistência.
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Comentários (3)
Carlos
2022-04-04 21:05:07Sempre os presidentes envolvidos em fraucatuas. O da República e o Lira.
Clayton De Souza PONTES
2022-04-04 20:40:32A Petrobras tem seu plano estratégico a ser cumprido. Colocar alguém com intetesses diversos geraria muita confusão, no mínimo
Luiz
2022-04-04 17:17:14Presidente incompetente, despreparado e inconsequente, se tivesse feito pesquisa antes da indicação teria evitado o constrangimento e a agressão à imagem da empresa. demonstra que não tem nenhum compromisso com a moralidade.