A versão de Mayra Pinheiro sobre a crise em Manaus
A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro (foto), afirmou à CPI da Covid nesta terça-feira, 25, que não soube do risco de desabastecimento de oxigênio em Manaus, embora tenha participado de uma comitiva à capital manauara cerca de dez dias antes do sistema de saúde local entrar em colapso. Mayra...
A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro (foto), afirmou à CPI da Covid nesta terça-feira, 25, que não soube do risco de desabastecimento de oxigênio em Manaus, embora tenha participado de uma comitiva à capital manauara cerca de dez dias antes do sistema de saúde local entrar em colapso.
Mayra esteve em Manaus entre 3 e 5 de janeiro. De acordo com ela, o ministério soube do problema em 8 de janeiro -- a versão contradiz Eduardo Pazuello, que alegou ter sido informado do risco apenas na noite do dia 10 daquele mês. Em 14 de janeiro, o estoque de oxigênio acabou em vários hospitais, levando pacientes internados à morte por asfixia.
A "Capitã Cloroquina" declarou que, na passagem pela cidade, "não houve a percepção" de que faltaria o insumo mais adiante e frisou que as competências da pasta por ela comandada referem-se a recursos humanos. Por isso, esclareceu, não atuou na força-tarefa de obtenção de oxigênio.
Para a secretária, o trabalho do ministério na cidade foi "marcante", uma vez que houve auxílio quanto à provisão de leitos e de pessoal, por exemplo. "Pelo que eu tenho de provas, nós tivemos uma comunicação por parte da secretaria estadual, que transferiu para o ministro um e-mail da White Martins, dando conta de que haveria um problema de abastecimento", contou.
Questionada pelo relator da CPI, Renan Calheiros, se haveria a possibilidade de calcular com antecedência a quantidade de oxigênio extra que seria necessária com base no prognóstico das internações hospitalares, Mayra respondeu que, em situação de normalidade, sim. No caso de Manaus, porém, considerou inviável.
"Em Manaus, numa situação extraordinária de causa, onde nós não temos noção de quantos pacientes vão chegar no hospital, é impossível se fazer uma previsão de quanto vai usar a mais", declarou.
O emedebista, então, mencionou que um relatório do Ministério da Saúde indicava o aumento da necessidade do insumo em decorrência das festividades de Natal e Réveillon.
Mayra, na sequência, alegou que "não é do órgão a competência de cuidar do abastecimento, estoque e fornecimento de oxigênio". "E, da previsão de quanto vamos usar a mais, nenhum profissional, nenhum técnico consegue fazer isso, porque você não tem leitos formalizados".
Diante do colapso do sistema de saúde manauara, a secretária relatou que Eduardo Pazuello chegou a cobrá-la pela falta de informações relativas ao abastecimento do insumo. Mayra contou que, posteriormente, ligou para o secretário de saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, para questionar por que não recebeu os dados que poderiam indicar a crise. Foi então que, segundo disse, ouviu que nem mesmo o estado sabia da possibilidade.
"Eu confirmei a informação com o secretário estadual de saúde, perguntando: 'Secretário, por que durante o período da minha prospecção não me foi informado?'. E ele me disse: 'Porque nem nós sabíamos'. Inclusive, ofereci voluntariamente meu telefone à Polícia Federal, foi feita a degravação da conversa que prova essa informação", concluiu.
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Comentários (10)
Suzane
2021-05-26 14:19:03Olha, essa tragédia no Amazonas oferece subsídios pra se fazer um senhor filme de longa metragem que deixaria muita ficção no chinelo! Nada é mais surpreendente do que a verdade...
Claudio Arraez
2021-05-26 00:44:37Não conseguir fazer uma analise da possibilidade de faltar oxigênio!! Que equipe técnica tem esse ministério???
Maria
2021-05-25 16:50:10Esqueceram de combinar?
Heloisa
2021-05-25 16:33:04Heloísa E como aceitar os testes para saber da efetividade das vacinas em voluntários?
Sônia
2021-05-25 14:04:32Acoelhada e sem caráter .dançando sobre milhares de mortos que morreram sufocados
Jose
2021-05-25 12:40:10Coitada. Charlatã e incompetente. Charlatã por que recomendou cloroquina. Incompetente por que não sabe usar modelos matemáticos para fazer previsões.
PAULO
2021-05-25 12:33:19Dr Otto dando uma aula para a médica.
PAULO
2021-05-25 12:32:01Médica que apoia o seu argumento em observação clínica na tomada de decisões, diante de uma pandemia que acomete o mundo? Dezenas de municípios no Brasil que adotaram medidas preconizadas por ela? O Brasil tem mais de 5000 municípios. Quantos municípios tem no mundo. Essa médica é extraordinária? Ela se acha a dona da verdade? Buscar outros médicos que apenas compartilham das suas CRENÇAS, é a maior prova que ela é uma médica MEDÍOCRE e negacionista.
Nádia
2021-05-25 11:56:09Doutora lamentável.. Olhar de fera..
ANTONIO
2021-05-25 11:50:19O bandido relator quer politizar a crise pra obter benefícios políticos. Merece a Forca!