A solução genial de Rui Costa: "Em vez da laranja..."
Depois de falar em "intervenções" do governo para baixar preço dos alimentos, ministro da Casa Civil teve outra ideia
O ministro da Casa Civil, Rui Costa (foto), teve hoje uma solução genial para resolver o problema do aumento de preço dos alimentos.
“Por exemplo, a laranja. Vários jornalistas econômicos já fizeram matérias reportando a diminuição drástica de produção nos Estados Unidos, que é um dos maiores produtores do mundo, em função de doenças na plantação", disse Costa.
"Nós tivemos também redução aqui em São Paulo, que é um dos maiores produtores do Brasil, em função de doença. O preço internacional está tão caro quanto aqui. O que se pode fazer? Mudar a fruta que a gente vai consumir. Em vez da laranja, outra fruta. Não adianta baixar a alíquota porque não tem produto lá fora para colocar aqui dentro."
O Brasil é o maior exportador mundial de suco de laranja.
Perdido
O ministro da Casa Civil está perdido procurando uma solução fácil para lidar com a inflação dos alimentos.
Em entrevista para o programa Bom dia, Ministro da estatal EBC, Costa afirmou que estava pensando em um conjunto de "intervenções".
Como o ministro não soube dizer o que seriam essas intervenções, falou-se em congelamento de preços à moda peronista, na criação de um supermercado estatal no estilo venezuelano ou em estender a data de validade dos alimentos.
A repercussão foi péssima e Costa teve de tirar outra ideia da cartola.
Sem picanha
Lula prometeu durante a campanha eleitoral de 2022 que o brasileiro poderia comer picanha, mas o preço da carne disparou 20% em 2024, segundo o IBGE.
Só o filé mignon subiu 18,53%.
No início do ano, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse em entrevista para a GloboNews que o brasileiro poderia comer filé mignon até 2026.
"Se souber se beneficiar das vantagens competitivas que tem, nós temos a lei de inteligência artificial que passou pelo Senado, crédito de carbono que está sancionado, biocombustíveis, combustível do futuro, nova indústria do Brasil, programas bem estruturados para alavancar o desenvolvimento, eu acredito que nós podemos chegar bem em 2026, espero que até comendo filé mignon", disse o ministro.
A medida mais óbvia, contudo, parece fora de cogitação: cortar os gastos do governo e, com isso, evitar a impressão de moeda.
Carne por ovo, arroz por macarrão
O Brasil é pródigo em políticos dando sugestões nos cardápios dos brasileiros.
Durante o governo de Dilma Rousseff, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, sugeriu que a população trocasse a carne vermelha por outros alimentos.
"Há uma série de outros produtos substitutos (para a carne) como frango, ovos e aves (...) que vêm apresentando comportamento benigno neste ano", disse Holland.
Em 2020, o presidente Jair Bolsonaro também foi pressionado para conter a inflação nos alimentos.
Bolsonaro respondeu que não iria interferir no mercado.
“Eu não vou interferir no mercado, o que tem que valer é lei da oferta e da procura. Ninguém quer interferir em nada, tabelar nada, isso não existe. A gente sabe que, uma vez interferindo, desaparece da prateleira e a mercadoria aparece no câmbio negro muito mais caro”, disse o então presidente.
O governo, então, passou a promover o consumo de macarrão.
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Comentários (3)
MARCOS
2025-01-24 20:08:46NÓS VAMOSCHEGAR EM 2026 MAS O FILÉ MIGNOM SÓ QUEM COME SÃO OS FDPs COMUNISTAS NO PODER.
Guilherme Rios Oliveira
2025-01-24 18:59:33O Brasil que tem o 8° PIB do mundo é apenas o 25° exportador do mundo. Só porque tem uma das maiores cargas tributárias do mundo. É fácil concluir que os poderes constituídos do Brasil, executivo, legislativo e judiciário são os únicos beneficiários da desgraça do resto do país. Tem que aprender a votar gente, não tem outra solução. Tenho certeza que é no liberalismo econômico, direita mas sem Bozo e companhia, pelo amor de Deus!!!
Amaury G Feitosa
2025-01-24 17:07:39Tem razão o genial Rui BoXta em vez de laranja vamos exportar suco de pitomba ou de cagaita abundante no cerrado.