A preocupação do G7 pela Venezuela
A declaração final da cúpula do G7 deste ano, em Apulia, na Itália, mostra a preocupação das maiores economias do mundo com as "eleições" presidenciais na Venezuela, marcadas para final de julho. No comunicado, divulgado nesta sexta-feira, 14 de junho, o G7 criticam a perseguição do regime à oposição e, em específico, o desconvite a...
A declaração final da cúpula do G7 deste ano, em Apulia, na Itália, mostra a preocupação das maiores economias do mundo com as "eleições" presidenciais na Venezuela, marcadas para final de julho.
No comunicado, divulgado nesta sexta-feira, 14 de junho, o G7 criticam a perseguição do regime à oposição e, em específico, o desconvite a observadores eleitorais da União Europeia.
"Estamos profundamente preocupados com a crise política, económica e humanitária em curso na Venezuela e com a falta de progressos na implementação do Acordo de Barbados de Outubro de 2023, no que diz respeito aos direitos da oposição no processo eleitoral e à decisão de retirada o convite para uma missão de observação eleitoral da UE", diz a declaração final.
"Apelamos à Venezuela para que implemente plenamente o Acordo de Barbados e garanta eleições competitivas e inclusivas em 28 de Julho, que incluam missões de observação eleitoral internacionais completas e credíveis. Exigimos ainda o fim da perseguição aos membros da oposição e a libertação imediata de todos os presos políticos", acrescenta.
Por que Maduro expulsou os observadores europeus?
O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro (foto), proibiu a participação de observadores da União Europeia na sua farsa eleitoral marcada para 28 de julho.
O anúncio foi feito em 28 de maio pelo chefe do Conselho Nacional Eleitoral, Elvis Amoroso. Ele citou as sanções econômicas do bloco europeu como motivo. “Eles não são bem-vindos para vir aqui para o nosso país”, disse Amoroso.
Para o codiretor da ONG Acesso à Justiça, Alí Daniels, em Caracas, o principal objetivo de Maduro com essa decisão é desestimular as pessoas de votar nas eleições presidenciais.
Segundo Daniels, há outras organizações independentes que ainda podem enviar seus observadores para acompanhar o pleito, como o Centro Carter, dos Estados Unidos, e a ONU.
A ideia de Maduro, porém, é passar aos venezuelanos a ideia de que a farsa já está totalmente montada, e que não há qualquer chance de vitória da oposição. Assim, pretende desestimular os cidadãos de seu país.
"O que a ditadura está tentando fazer, acima de tudo, é lançar dúvidas sobre o processo eleitoral. Com isso, quer tirar as esperanças dos venezuelanos. Se mais gente achar que não vale a pena votar, a chance de o governo vencer será maior. A vantagem da oposição nas pesquisas está em vinte ou trinta pontos. Algumas pessoas acham que a distância é até maior. Então, o que Maduro pretende é reduzir essa vantagem", diz Daniels.
As sanções da União Europeia ao regime venezuelano incluem um embargo à exportação de armas e um banimento de entrada e congelamento de bens de 54 autoridades do chavismo.
"Essa atitude hostil aos observadores da União Europeia não tem sentido algum, porque as sanções desse bloco estão totalmente de acordo com o direito internacional. Elas não afetam a vida dos venezuelanos, mas alcançam apenas as pessoas do governo, individualmente. Também não atrapalham a compra de alimentos ou de remédios", diz Daniels.
Assista ao podcast Latitude com Alí Daniels, sobre a eleição na Venezuela:
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Comentários (1)
F-35 - Hellfire
2024-06-16 23:05:34A Venezuela é o que é graças aos nazistas Chaves, Maduro e Lula!