A preocupação de Merkel com Musk no governo Trump
"Desafio sem precedentes para todos nós", disse a ex-primeira ministra da Alemanha sobre Musk integrar o governo dos EUA
Angela Merkel, ex-primeira ministra da Alemanha entre os anos de 2005 e 2021, demonstrou receio com a presença de Elon Musk no segundo mandato do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.
"Se uma pessoa como ele é dona de 60% de todos os satélites em órbita no espaço, então isso deve ser uma grande preocupação para nós, juntamente com as questões políticas. A política deve determinar o equilíbrio social entre os poderosos e os cidadãos comuns", afirmou à revista Der Spiegel
Segundo Merkel, a presença de Musk como líder do Departamento de Eficiência Governamental pode ser "uma influência de empresas" em decisões políticas:
"Isso representa um desafio sem precedentes para todos nós", disse a ex-primeira ministra.
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O papel de Musk
Ao lado do empresário Vivek Ramaswamy, Musk publicou um artigo na quarta-feira, 20, no jornal Wall Street Journal em que explicam as ideias de como vão atuar na secretaria de Trump.
Os dois afirmaram que a criação do Doge (sigla em inglês) pode gerar economia de custos ao país:
"Serviremos como voluntários externos, não como funcionários ou funcionários federais. Ao contrário de comissões governamentais ou comitês consultivos, não escreveremos apenas relatórios ou cortaremos fitas. Cortaremos custos“, diz o texto.
Menos governo
Os autores argumentam que esses decretos não seriam uma intromissão indevida do Executivo, e sim um correção do excessivo poder do Executivo, que estendeu seu raio de ação sem autorização do Congresso.
É menos governo, e não mais.
Um dos resultados, claro, será a redução de pessoal.
"O Doge pretende trabalhar com nomeados incorporados em agências para identificar o número mínimo de funcionários necessários em uma agência para que ela execute suas funções constitucionalmente permitidas e estatutariamente obrigatórias. O número de funcionários federais a serem cortados deve ser pelo menos proporcional ao número de regulamentações federais que são anuladas: não apenas menos funcionários são obrigados a aplicar menos regulamentações, mas a agência produziria menos regulamentações uma vez que seu escopo de autoridade fosse adequadamente limitado", diz o artigo.
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