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    A pauliceia desvairada de Marcia Tiburi

    Marcia Tiburi (foto) já foi filósofa. Também já foi membro atuante do programa de televisão. Chegou a fazer duetos com Luis Felipe Pondé, iluminando as relações entre homens e mulheres num evento realizado por uma empresa de iluminação. Ela ainda nos ensinou a “Como conversar com fascistas”, fugindo de debates. Mas talvez sua obra-prima tenha...

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    Diogo Chiuso
    4 minutos de leitura 19.07.2023 16:16 comentários 5
    Marcia Tiburi
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    Marcia Tiburi (foto) já foi filósofa. Também já foi membro atuante do programa de televisão. Chegou a fazer duetos com Luis Felipe Pondé, iluminando as relações entre homens e mulheres num evento realizado por uma empresa de iluminação. Ela ainda nos ensinou a “Como conversar com fascistas”, fugindo de debates. Mas talvez sua obra-prima tenha sido as reflexões metafísicas sobre a importância social do orifício responsável pela comunicação direta entre o intestino e o meio exterior. Enfim, Marcia Tiburi já esteve presente nos grandes momentos da cultura brasileira. Mas tudo tende à destruição. Tiburi caiu das alturas do mercado editorial – e das luzes dos eventos promovidos por empresas de iluminação – para se tornar uma candidata reserva do PT ao que havia restado do governo do Rio de Janeiro. Fracassada a campanha, ela resolveu se autoexilar em Paris.

    Mas, como Macunaíma retornando a suas raízes, a insigne filósofa retornou ao Brasil trazendo consigo sua vocação de pintora, descoberta no sofrimento de seu autoexílio na Rive Gauche da sua existência. Sua estreia como artista foi em São Paulo, “num edifício com nome de príncipe”, diz a cronista social de um site de esquerda, cujo nome não é importante lembrar. As obras de Tiburi “destacam o ouro, tons terrosos e o vermelho, inspirando sudários de sofrimento, torturas e dor”, garante a nobre cronista. Naturalmente, é possível imaginar as angústias de Tiburi na Champs-Élysées ou em Montmartre – e espero que ela também tenha deixado cair pelo menos uma lágrima no túmulo de Edith Piaf, no Père-Lachaise.

    Paris é uma festa, mas os amigos estão em São Paulo. No vernissage de retorno ao Brasil, no “edifício com nome de príncipe”, Tiburi foi performática. Colocou seus quadros no chão, exibindo neles “as marcas de suas pegadas” que simbolizam “a vida impressa na abstração”, e, de mãos dadas com o advogado Walfrido Warde, correu pela sala escolhendo as paredes onde as telas seriam exibidas, claramente simbolizando a liberdade antifascista. Marcia Tiburi é realmente um prodígio. E seu dueto com o advogado Walfrido não poderia terminar sem chocar a burguesia. Juntos, escalaram o sofá Chesterfield de couro cor de caramelo e, acidentalmente, derrubaram um quadro que, por conseguinte, virou a taça de vinho, fazendo escorrer tons terrosos avermelhados com notas frutadas, profundas e complexas, por todo o chão. Nossa cronista ressalta que rapidamente “os empregados correram para limpar e secar”, numa clara representação crítica do trabalho proletário explorado pela ideologia capitalista.

    A plateia ficou em êxtase, salienta a também extasiada cronista, que teve o privilégio de participar do jantar-espetáculo que ainda teria outro ato artístico sublime: o bufê semelhante “às naturezas mortas de Caravaggio, Cézanne, Matisse, em que a beleza só perde para o sabor”. Dá até pra imaginar as pratarias, as louças pintadas a mão, os réchauds banhados a ouro branco, o café expresso 100% arábica e o menu degustação de algum restaurante premiado com uma estrela Michelin.

    Mas, como um “dessert da noite pantagruélica”, Tiburi guardou o melhor para o final. A anfitriã entreteve os convidados com histórias de fantasmas, numa espécie de crossover entre high society e sessão espírita. E o antigo dilema permanece: a arte imita a vida ou a vida imita a arte? Com nossa vã filosofia só podemos ter certeza de que, nessa comédia humana digna de Molière, a nossa pequena burguesia ainda se orgulha em exaltar toda a sua insignificância.

     

    Diogo Chiuso é escritor e autor do livro O que restou da política, publicado pela editora Noétika

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    Diogo Chiuso

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    Comentários (5)

    Tânia

    2023-07-20 10:53:53

    Adorei ! Rir para não chorar.


    Delei

    2023-07-20 08:36:32

    Filosofeira de pastelaria.


    Renata

    2023-07-19 23:36:22

    A parte das histórias de fantasmas deve ter sido a única aproveitável dessa perda de tempo toda.


    Odete6

    2023-07-19 22:17:00

    Texto prodigioso!!!! 👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏


    Amaury G Feitosa

    2023-07-19 18:26:10

    Se esta estúpida é filósofa como vamos nomear Sócrates, Platão, Descartes, Kant e Niestchie? Tilburg é apenas lixo.


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    Comentários (5)

    Tânia

    2023-07-20 10:53:53

    Adorei ! Rir para não chorar.


    Delei

    2023-07-20 08:36:32

    Filosofeira de pastelaria.


    Renata

    2023-07-19 23:36:22

    A parte das histórias de fantasmas deve ter sido a única aproveitável dessa perda de tempo toda.


    Odete6

    2023-07-19 22:17:00

    Texto prodigioso!!!! 👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏


    Amaury G Feitosa

    2023-07-19 18:26:10

    Se esta estúpida é filósofa como vamos nomear Sócrates, Platão, Descartes, Kant e Niestchie? Tilburg é apenas lixo.



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