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A motivação dos atiradores

15.07.24 13:52

Pessoas que atiram contra políticos nos Estados Unidos não necessariamente têm uma motivação política.

Após os disparos de rifle do jovem Thomas Matthew Crooks (foto) contra o ex-presidente e pré-candidato republicano Donald Trump, investigadores e jornalistas buscaram descobrir se Crooks teria uma motivação política.

Mas o  passado político de Crooks não permite conclusão alguma.

Ele foi filiado ao Partido Republicano. Contudo, em 2021, doou 15 dólares para um projeto dos democratas para aumentar o comparecimento às urnas.

Crooks não era conhecido pelos amigos e familiares como alguém que tinha um posicionamento político e também era discreto nas redes sociais.

 

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Sem novas evidências, o caso pode acabar como o de outros atiradores que tentaram matar ou, de fato, assassinaram, presidentes americanos.

O FBI não conseguiu concluir sobre qual seria a motivação de Lee Harvey Oswald, ao matar o presidente John Kennedy, em 1963.

Oswald tinha servido às Forças Armadas americanas, adotou o marxismo e morou durante um tempo na União Soviética.

Mas é muito difícil fazer alguma conexão entre seu passado e o motivo pelo qual teria matado Kennedy.

Só o que se sabe é que ele agiu sozinho.

No caso de Crooks, não se conhece até agora qualquer ligação com grupos organizados ou outros países. Provavelmente, ele também agiu sozinho no comício de Trump.

Outro caso que ajuda a mostrar como muitos desses casos não têm motivação política é o atentado contra o presidente republicano Ronald Reagan, em 1981.

O atirador, John Hinckley Jr. disparou contra Reagan, sem conseguir acertá-lo diretamente. Mas uma das balas ricocheteou na limousine e acertou a axila esquerda do presidente, passando perto do coração.

Hinckley depois foi considerado louco. Sua motivação? Ele estava obcecado com a atriz Josie foster, que tinha atuado no filme Taxi Driver.

Ao disparar contra o presidente Reagan, Hinckley buscava ganhar a atenção de Jodie Foster.

 

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