A ministra chavista do colombiano Gustavo Petro
O novo presidente da Colômbia, Gustavo Petro, nomeou para seu gabinete três ministras da esquerda radical. Elas assumiram o comando das pastas do Trabalho, da Cultura e do Meio Ambiente. Nesta segunda, 8, a nova ministra do Trabalho, Gloria Inés Ramírez (foto), do Partido Comunista Colombiano, afirmou em uma entrevista para a rádio Caracol que...

O novo presidente da Colômbia, Gustavo Petro, nomeou para seu gabinete três ministras da esquerda radical. Elas assumiram o comando das pastas do Trabalho, da Cultura e do Meio Ambiente.
Nesta segunda, 8, a nova ministra do Trabalho, Gloria Inés Ramírez (foto), do Partido Comunista Colombiano, afirmou em uma entrevista para a rádio Caracol que a Venezuela está avançando com as políticas chavistas.
Na conversa, os jornalistas pediram para que Gloria explicasse declarações que deu há seis anos, quando disse: "Gostaríamos que aqui estivessem as ideias de (Hugo) Chávez, Evo (Morales), Rafael Correa e todos aqueles que estão construindo pátrias soberanas e independentes".
Gloria então defendeu seu ponto de vista, que segue inalterado: "Não só chavismo, falo da Nicarágua, de Cuba, do Brasil, da Bolívia. Só porque as organizações da Colômbia não querem a Venezuela, então vão me rotular? Não. Sem dúvida, esses são governos que avançam com os trabalhadores à frente.”
Entre as três ministras, Gloria é a mais extremista. Telegramas enviados pelo embaixador americano em Bogotá, em 2008, a citavam como uma das pessoas com laços com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, as Farc. A relação, contudo, não foi comprovada.
"Gloria é a ministra mais à esquerda do novo governo. Ela está mais próxima dos sindicatos de trabalhadores e sua escolha foi uma forma de contentar os membros da esquerda mais radical que apoiaram sua campanha", diz a analista Silvana Amaya, pesquisadora da Control Risks, em Bogotá.
Ao anunciar seu nome pouco antes da posse, Petro a tratou como "uma defensora dos direitos humanos e da reivindicação dos trabalhadores".
Pois bem. No mês passado, 108 sindicatos e ONGs da Venezuela pediram a libertação de seis dirigentes e defensores dos direitos humanos detidos pela ditadura de Nicolás Maduro.
Segundo a ONG venezuelana Provea, entre 2015 e 2020, ocorreram 82 casos de violência contra defensores dos direitos humanos e sindicalistas, sendo 43 assassinatos e 28 prisões arbitrárias.
Para Gloria, contudo, esse é um exemplo de um "governo que avança com os trabalhadores à frente."
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Comentários (4)
Alberto de Araújo
2022-08-10 17:22:58É divertidíssima a esquizofrenia dessa gente da esquerda.Admiram o socialismo, mas adoram as benesses do capitalismo.Trata-se de filhas de Marx numa transa adúltera com a coca-cola. Não tem jeito, nosso hemisfério tem uma ligação sem pudor com o atraso. Gostam tanto dos pobres que os multiplicam. Enganam o povo com fantasias do populismo. Se apresentam como os salvadores da pátria. Não há outro jeito para se combater a pobreza, se não pelo desenvolvimento econômico do país.
Nuria
2022-08-10 10:33:01Entregou um presente para o Bolsonaro!
Augusto Tavares Rosa Marcacini
2022-08-09 18:49:54Isso se chama "duplipensar".
VARLICE
2022-08-09 17:33:11Così è se vi pare, já dizia Pirandello.