A lição de Tom Hanks a Robert De Niro
Após Robert De Niro declarar uma suposta ameaça de Donald Trump se tornar um "ditador" se vencer as eleições presidenciais de 5 de novembro, foi a vez de Tom Hanks comentar o tema. A resposta foi mais profunda. Hanks foi questionado pela CNN internacional sobre a possibilidade do retorno de Trump à Casa Branca na...
Após Robert De Niro declarar uma suposta ameaça de Donald Trump se tornar um "ditador" se vencer as eleições presidenciais de 5 de novembro, foi a vez de Tom Hanks comentar o tema. A resposta foi mais profunda.
Hanks foi questionado pela CNN internacional sobre a possibilidade do retorno de Trump à Casa Branca na quinta-feira, 6 de junho, durante a celebração dos 80 anos do Dia D, na praia de Omaha, no norte da França.
O protagonista de "O Resgate do Soldado Ryan", um dos filmes mais populares a retratarem o Dia D, disse ter preocupação pelo imediato mas reafirmou a confiança nas instituições americanas a longo prazo.
"Eu acho que sempre há razão para se preocupar pelo curto prazo. Mas olhando para o longo prazo do que aconteceu, acho que há uma jornada contínua. Veja, nossa Constituição diz: 'Nós, o povo dos Estados Unidos, a fim de formar uma união mais perfeita...'. Essa jornada para uma união mais perfeita tem erros nisso", afirmou Hanks.
“No entanto, a longo prazo, fizemos inevitavelmente progressos no sentido, penso eu, dessa união mais perfeita. E como isso acontece? Isso não acontece por causa da narrativa de alguém sobre quem estava certo, ou quem foi vítima ou não. Ela surge da lenta fusão da verdade com a vida prática real que acabamos vivendo”, acrescentou.
Hanks também ressaltou a importância da convivência na construção da democracia: “Tudo se resume à boa ação que se pratica com o próximo”.
Ele ainda afirmou ter confiança na resistência da democracia liberal no Ocidente.
“Sempre terei fé que os Estados Unidos da América e as sociedades ocidentais que adotaram mais ou menos o mesmo tipo de democracia não poderão deixar de se voltar para o que é certo”, disse.
O que De Niro disse sobre Trump?
Nesta terça, 28, o ator Robert De Niro convocou uma coletiva de imprensa com jornalistas e fotógrafos para atacar o ex-presidente Donald Trump, que deve concorrer às eleições de novembro pelo Partido Republicano.
O local escolhido foram as imediações do Tribunal Criminal de Manhattan, onde Trump é réu em um processo por pagamento da atriz pornô Stormy Daniels, para que ela não falasse sobre uma suposta relação e atrapalhasse as eleições de 2016.
"Se ele entrar (na Casa Branca), eu posso dizer agora, ele nunca vai sair. É este o país em que nós queremos viver agora? Nós queremos ele governando este país e falando: 'não vou sair, serei ditador para sempre'? A única maneira de preservar nossas liberdades e manter a nossa humanidade é votar em Joe Biden para presidente", disse De Niro.
O artista, que já participou de peças de propaganda para Biden, também chamou Trump de "palhaço".
Leia mais em Crusoé: O que De Niro não sabe sobre Trump
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Comentários (3)
Sergio
2024-06-09 11:08:15É impressionante (e de certa forma assustadora) essa dicotomia entre uma nação tão avançada nas ciências, tecnologia, cultura e de tantas decisões erradas e tanto pensamento retrógrado (diferente de conservador). Precisariam repensar os fundamentos e princípios dos pais fundadores e como se aplicam a uma realidade muito mais diversificada e carregada de novas necessidades de hoje. Uma nova arquitetura de Estado.
Rosele Sarmento Costa
2024-06-08 17:48:38Eu concordo, só que os palhaços nos fazem rir, e esse “laranja” só causa confusão, para dizer o mínimo.
Marcia Elizabeth Brunetti
2024-06-08 17:28:06Estados Unidos e Brasil estão vivendo momentos políticos muito parecidos. Só acho bom pois assim podemos ver que o ser humano pode ser estúpido ou ignorante seja rico ou pobre, seja educado ou mal educado.